São Paulo, quarta-feira, 16 de julho de 2008

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DIREITOS HUMANOS

Presidente indonésio lamenta abusos contra Timor Leste

DA REDAÇÃO
O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, reconheceu ontem a "responsabilidade institucional" do país pelos abusos de direitos humanos cometidos durante o processo de independência de Timor Leste, em 1999. "Informamos nosso profundo arrependimento pelo que aconteceu", disse.
Ao assinar com o colega timorense, José Ramos-Horta, o relatório de comissão dos dois países, porém, Yudhoyono encerrou o caso sem pedir perdão nem sinalizar punição aos envolvidos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reagiu à assinatura pedindo que os dois países assumissem responsabilidades concretas, acabassem com a impunidade e indenizassem as vítimas.
A comissão, boicotada pela ONU, atribui ao Exército, polícia e autoridades civis da Indonésia o que chama de "crimes contra a humanidade", mas não é autorizada a identificar o nome de indivíduos culpados nem tem atribuições judiciais para processar suspeitos.
O Departamento de Estado americano disse neste ano que os EUA considerariam o caso fechado se os dois lados aceitassem o relatório. Grupos de direitos humanos argumentam que o texto serve apenas para apagar os crimes cometidos.
A Indonésia invadiu e anexou o Timor Leste após a declaração de independência da ex-colônia portuguesa, em 1975, adotando políticas repressivas. Uma nova onda de violência varreu o país em 1999, com o plebiscito que pôs fim aos 24 anos de domínio indonésio. Embora oficiais militares tenham sido julgados em tribunais de direitos humanos na Indonésia, nenhum foi condenado.


Com agências internacionais


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