São Paulo, sexta-feira, 16 de julho de 2010

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Para ativista, aprovação favorece reformas

DE BUENOS AIRES

A aprovação do casamento gay na Argentina abre portas para outras reformas legais e demonstra que a Igreja Católica estava novamente equivocada. Essa é a opinião de Maria Rachid, 35, presidente da Federação Argentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (FALGBT). (GH)

Folha - Por que a Argentina foi o primeiro país da América Latina a aprovar a lei?
Maria Rachid -
Resultou da conjuntura política atual e de experiências negativas vividas pelo país. A ditadura militar e a crise de 2001 foram situações muito injustas e repressivas, que nos obrigaram a ser mais solidários e justos.

Não é contraditório aprovar essa lei num país onde a Igreja Católica é tão poderosa?
Sim. Mas a igreja se equivocou muitas vezes na história, e os argentinos sabem disso.

O movimento gay conquistou o que mais queria?
Era algo difícil e muito importante, mas falta aprovar uma lei de identidade de gênero, para que os transexuais possam trocar de nome nos documentos.

A lei abre que tipo de precedentes na Argentina?
Abre portas para outras conquistas, não só dos homossexuais, como a descriminalização do aborto. Tomara que o caminho tenha ficado mais fácil.


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