São Paulo, sexta-feira, 16 de julho de 2010

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Uribe volta a acusar Chávez de apoiar Farc

Denúncia pode minar esforços de reaproximação feitos por sucessor do colombiano

FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS

O governo Álvaro Uribe na Colômbia anunciou ter entregue ontem à imprensa "provas contundentes" -mapas e vídeos- de que chefes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) se encontram na Venezuela.
Numa mostra dos dados que Bogotá possuiria, o ministro colombiano da Defesa, Gabriel Silva, afirmou que o chefe Iván Marquez estava em reunião com guerrilheiros momento em que falava, ontem no começo da noite.
A rádio colombiana "W" divulgou inclusive a suposta coordenada de Márquez fornecida pelo governo Uribe: 10º 72" 42" W 72º 32" 03".
Silva frisou que o anúncio era um pedido expresso de Uribe para provocar "reação, um debate" na opinião pública no momento em que o presidente eleito, Juan Manuel Santos, que assume em 7 de agosto, tenta reaproximação com Venezuela e Equador.
Ontem, Santos, eleito como herdeiro de Uribe, afirmou em Miami que não tinha "nada a dizer" sobre o anúncio e apressou-se em reiterar que é necessário "iniciar um diálogo" com Caracas para "resolver esse problema."
O atual presidente colombiano tem se mostrado incomodado com os acenos do sucessor aos seus vizinhos.
Ontem, também os esforços Bogotá-Quito sofreram um golpe. O empresário Fabricio Correa, irmão do presidente do Equador, disse que a Justiça do país não é isenta e persegue Santos por ordem de Quito. Ele já teve a prisão preventiva decretada por ser ministro à época de ofensiva contra as Farc no Equador.


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