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Uribe volta a acusar Chávez de apoiar Farc
Denúncia pode minar esforços de reaproximação feitos por sucessor do colombiano
FLÁVIA MARREIRO
DE CARACAS
O governo Álvaro Uribe na
Colômbia anunciou ter entregue ontem à imprensa "provas contundentes" -mapas
e vídeos- de que chefes das
Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) se
encontram na Venezuela.
Numa mostra dos dados
que Bogotá possuiria, o ministro colombiano da Defesa,
Gabriel Silva, afirmou que o
chefe Iván Marquez estava
em reunião com guerrilheiros momento em que falava,
ontem no começo da noite.
A rádio colombiana "W"
divulgou inclusive a suposta
coordenada de Márquez fornecida pelo governo Uribe:
10º 72" 42" W 72º 32" 03".
Silva frisou que o anúncio
era um pedido expresso de
Uribe para provocar "reação,
um debate" na opinião pública no momento em que o presidente eleito, Juan Manuel
Santos, que assume em 7 de
agosto, tenta reaproximação
com Venezuela e Equador.
Ontem, Santos, eleito como herdeiro de Uribe, afirmou em Miami que não tinha
"nada a dizer" sobre o anúncio e apressou-se em reiterar
que é necessário "iniciar um
diálogo" com Caracas para
"resolver esse problema."
O atual presidente colombiano tem se mostrado incomodado com os acenos do
sucessor aos seus vizinhos.
Ontem, também os esforços Bogotá-Quito sofreram
um golpe. O empresário Fabricio Correa, irmão do presidente do Equador, disse que
a Justiça do país não é isenta
e persegue Santos por ordem
de Quito. Ele já teve a prisão
preventiva decretada por ser
ministro à época de ofensiva
contra as Farc no Equador.
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