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COM A SITUAÇÃO
"Tem um médico cubano morando em casa", diz chavista
DA REDAÇÃO
Conhecidos como "missões",
os programas sociais do governo
de Hugo Chávez são um de seus
principais cabos eleitorais nos
bairros mais pobres de Caracas.
Um caso típico é o da desempregada Janeth González, moradora há 32 anos de San Augustin
de Sur, uma das dezenas de favelas da capital venezuelana.
Sem trabalhar há cinco anos e
mãe de uma menina de 3, González participa da Missão Robinson,
de alfabetização de adultos. "Ganho uma bolsa de 160 mil bolívares (R$ 256) por mês. É pouco,
mas dá para sobreviver", disse
ontem à tarde à Folha, enquanto
esperava a vez de votar.
A maioria desses programas de
Chávez foi lançada no ano passado, já sob a expectativa da realização do plebiscito. A oposição acusa as missões de eleitoreiras e de
não serem sustentáveis por se basearem no dinheiro vindo da
PDVSA, a estatal de petróleo.
Outra moradora do bairro,
Senny Barazarte, 27, disse estar
concluindo o ensino médio graças à Missão Ribas. Filiada a um
partido governista, trabalha há
pouco mais de um ano como assistente de administração do Ministério da Educação.
Barazarte afirma não receber
bolsa. Uma irmã sua, que também está na Missão Ribas, mas
não tem emprego e parou de estudar, recebe 160 mil bolívares. Barazarte disse participar do programa de saúde "Barrio Adentro".
"Tem um médico cubano morando na minha casa", disse. (FM)
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