São Paulo, segunda-feira, 16 de agosto de 2004

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COM A SITUAÇÃO

"Tem um médico cubano morando em casa", diz chavista

DA REDAÇÃO

Conhecidos como "missões", os programas sociais do governo de Hugo Chávez são um de seus principais cabos eleitorais nos bairros mais pobres de Caracas.
Um caso típico é o da desempregada Janeth González, moradora há 32 anos de San Augustin de Sur, uma das dezenas de favelas da capital venezuelana.
Sem trabalhar há cinco anos e mãe de uma menina de 3, González participa da Missão Robinson, de alfabetização de adultos. "Ganho uma bolsa de 160 mil bolívares (R$ 256) por mês. É pouco, mas dá para sobreviver", disse ontem à tarde à Folha, enquanto esperava a vez de votar.
A maioria desses programas de Chávez foi lançada no ano passado, já sob a expectativa da realização do plebiscito. A oposição acusa as missões de eleitoreiras e de não serem sustentáveis por se basearem no dinheiro vindo da PDVSA, a estatal de petróleo.
Outra moradora do bairro, Senny Barazarte, 27, disse estar concluindo o ensino médio graças à Missão Ribas. Filiada a um partido governista, trabalha há pouco mais de um ano como assistente de administração do Ministério da Educação.
Barazarte afirma não receber bolsa. Uma irmã sua, que também está na Missão Ribas, mas não tem emprego e parou de estudar, recebe 160 mil bolívares. Barazarte disse participar do programa de saúde "Barrio Adentro". "Tem um médico cubano morando na minha casa", disse. (FM)

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