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Hillary critica "corrida às armas" da Venezuela
Chanceler pede ao governo Chávez que seja transparente
DA REDAÇÃO
A secretária de Estado dos
EUA, Hillary Clinton, se disse
ontem "preocupada" com o que
considerou uma corrida armamentista na América do Sul, sobretudo em relação a "um certo
número de compras venezuelanas", ao receber o presidente
do Uruguai, Tabaré Vázquez.
A Venezuela "sobrepuja os
outros países da América do Sul
[na compra de armas] e certamente levanta questões sobre
se haverá uma corrida armamentista na região", disse ela.
"Eles deveriam estar colocando em prática regras e mecanismos para garantir que essas armas não sejam desviadas
para grupos insurgentes."
Há cerca de dois meses, a Colômbia afirmou ter encontrado
em poder das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) armamentos provenientes da Venezuela, gerando
crise diplomática depois agravada pelo anúncio do pacto militar de Bogotá e Washington.
"A corrida [armamentista]
está aí. É uma realidade", afirmou Vázquez. "Não apenas estamos preocupados com o
avanço armamentista, como o
rechaçamos por sua inconveniência. Não conduz a bom porto o desvio de verbas [do combate à pobreza na região]."
"Exortamos a Venezuela a
ser transparente em suas compras e a ter clareza sobre seus
objetivos", completou Hillary.
No último domingo, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou crédito russo de
US$ 2,2 bilhões para a compra
de 92 tanques e mísseis de 300
km de alcance, além de já ter
gasto cerca de US$ 4,4 bilhões
em quatro anos com 24 caças,
helicópteros e 100 mil fuzis.
Chávez diz estar apenas aumentando a capacidade de defesa do país devido à ameaça do
que considera crescente presença dos EUA na Colômbia.
De Quito (Equador), onde
participou da reunião da União
de Nações Sul-Americanas, o
chanceler da Venezuela reagiu
às declarações da americana.
Na opinião de Nicolás Maduro, as declarações de Hillary
"não possuem sustentação política nem moral, porque são do
governo dos EUA as sete bases
militares. Em nenhum lugar do
planeta se realiza" algo similar.
O acordo militar, que permitirá aos EUA utilizar as bases
colombianas, está em vias de finalização. Foi anunciado em
julho e originou a crise regional
motivadora da cúpula.
Com agências internacionais
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