São Paulo, sexta-feira, 16 de setembro de 2011 |
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O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo. Para Egito, acordo com Israel "não é sagrado" Premiê diz que tratado de paz entre os dois países pode ser revisto "pelo interesse da região" Das agências de notícias O primeiro-ministro do Egito, Esam Sharaf, afirmou ontem que o tratado de paz assinado em 1979 com Israel "não é uma coisa sagrada", durante uma entrevista a um canal de TV turco. "O tratado de Camp David pode a qualquer momento ser discutido ou modificado, pelo interesse da região ou simplesmente pela paz", declarou Sharaf, segundo informações da agência oficial Mena. Para Sharaf, que está no posto desde março, a preocupação agora deve ser com a "raiz do problema" no Oriente Médio, que "é a ocupação israelense dos territórios palestinos". A declaração veio depois de autoridades israelenses tentarem pôr panos quentes sobre a crise que eclodiu recentemente com o Egito. Na última sexta-feira, uma violenta manifestação terminou com a invasão da embaixada de Israel no Egito, que obrigou o embaixador israelense no Cairo a deixar às pressas o país com a família. Os protestos, que pediam a revisão do tratado de paz, tiveram como estopim o assassinato de soldados egípcios por forças israelenses na fronteira entre os dois países. A junta militar que governa o Egito desde a queda do ditador Hosni Mubarak afirmou, em várias ocasiões, que manterá seu compromisso com os pactos internacionais assinados pelo regime anterior, entre eles o tratado de paz com Israel. O último conflito que envolveu os dois países foi a Guerra dos Seis Dias, em 1967. Em 1978, o presidente egípcio Anwar El Sadat e o primeiro-ministro israelense Menachem Begin assinaram os acordos de Camp David, sob a mediação do presidente americano Jimmy Carter e que levaram ao primeiro acordo de paz entre um país árabe e Israel, em 1979. O momento é particularmente delicado para Israel, que está em tensão crescente com a Turquia, por conta da morte de nove ativistas turcos que tentavam chegar a Gaza num navio, em 2010. O país teme ainda o reconhecimento do Estado palestino na ONU na próxima semana. Ontem, houve protestos também em frente à embaixada israelense na Jordânia. Texto Anterior: Brasil desconfia de programa iraniano Próximo Texto: Pacto Índice | Comunicar Erros |
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