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Morte de
ditador nazista
ainda causa
polêmica
FÁBIO ZANINI
de Londres
Mais de meio século depois das
mortes de Adolf Hitler e sua mulher, Eva Braun, ainda não há
consenso sobre as circunstâncias
exatas em que elas ocorreram.
A versão mais aceita por historiadores seria a de que Hitler,
acuado pelo avanço de tropas soviéticas sobre Berlim, teria se suicidado ingerindo arsênico. Seu
corpo, encontrado pelos soviéticos, teria sido queimado, e as cinzas, jogadas em local ignorado.
"A única documentação existente são relatórios feitos pelos
soldados soviéticos. Mas há muitas lacunas e contradições nos relatos", afirma o professor Anthony Nicholls, especialista em
nazismo da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
Uma versão que ganhou força
ultimamente é a de que Hitler teria se matado com um tiro. No
ano passado, uma suposta pistola
usada por ele no suicídio foi leiloada nos Estados Unidos.
"Pela própria personalidade de
Hitler, uma morte com arma de
fogo pareceria a ele mais honrosa
do que a indolor ingestão de veneno", opina Nicholls.
Outro mistério é a morte de
Braun. Não se sabe se ela se suicidou ou se foi assassinada por Hitler a tiros.
No decorrer dos anos, uma série
de "teorias conspiratórias" foi
surgindo para tentar explicar a
morte do ditador alemão.
Uma delas diz que Hitler e
Braun, na verdade, foram mortos
por membros da SS, tropa de elite
nazista, descontentes com o fracasso alemão na Segunda Guerra
Mundial.
A teoria mais fantástica afirma
que Hitler e Braun, na verdade,
conseguiram enganar os soviéticos, fugiram e viveram escondidos por mais de 20 anos.
A especulação fundamenta-se
no suposto uso de sósias por Hitler para se proteger de possíveis
atentados.
"Então, os corpos encontrados
no bunker em Berlim seriam de
sósias de Hitler e Braun, que foram queimados pelos soviéticos",
afirma Donald Cameron Watt,
estudioso da vida de Hitler e professor da London School of Economics.
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