São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de 2002

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Bush diz ser contrário a identificar armas

DA REDAÇÃO

O presidente dos EUA, George W. Bush, opõe-se à pressão, intensificada por conta dos crimes recentes na área de Washington, pela adoção de um sistema nacional de identificação de armas, afirmou a Casa Branca ontem.
O chamado sistema nacional de "impressões digitais" de armas exigiria de fabricantes que fornecessem à polícia uma bala disparada por cada arma. Armas deixam marcas nas balas disparadas, e, assim, a polícia poderia usar a amostra para comparar com balas achadas em cenas de crimes.
Policiais investigando os crimes do "atirador de Washington" usaram o sistema -adotado atualmente apenas nos Estados de Nova York e Maryland- para confirmar que, nos 11 casos, a arma utilizada foi a mesma.
Segundo Ari Fleischer, porta-voz da Casa Branca, Bush não está convencido da eficácia do sistema e se preocupa com a privacidade dos donos de armas.
Além disso, disse Fleischer: "Quantas leis podemos ter realmente para combater o crime se as pessoas estiverem determinadas em seus corações a violarem-nas, não importando quantas delas existam ou o que elas digam?"
Fleischer comparou a adoção do sistema nacional com a possibilidade de obrigar todos os americanos a terem suas impressões digitais registradas. "O presidente acredita no direito de cidadãos cumpridores da lei de possuírem armas." O porta-voz da Casa Branca disse ainda que, no caso do "atirador de Washington", um novo sistema de identificação de armas seria irrelevante.
"No caso do atirador, a questão verdadeira são os valores. Esses são atos de um assassino depravado que desobedeceu e continuará desobedecendo leis. A questão, portanto, não é adotar mais leis", disse. "O que pára pessoas assim é executar leis de forma dura."
A Câmara aprovou uma lei que libera verbas para incentivar os Estados e as agências federais a enviar ao FBI os nomes de pessoas com registros de doenças mentais ou condenações por certos tipos de crimes. O objetivo da medida é corrigir falhas e omissões no Sistema Instantâneo de Verificação de Histórico, alimentado pelo FBI a partir de informações passadas por Estados e usado por vendedores de armas.


Com agências internacionais


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