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ARGENTINA
Greve em fábrica de papel-jornal é interrompida por ação de governo
DE BUENOS AIRES - A greve na
fábrica de papel-jornal Papel
Prensa, que ameaçava deixar
250 veículos impressos da Argentina sem matéria-prima,
foi interrompida ontem após
intervenção do governo da
Província de Buenos Aires.
Os funcionários da empresa, instalada no interior da
Província, estavam parados
havia duas semanas para reivindicar aumento salarial.
Conforme a medida tomada
pelo órgão trabalhista provincial, os trabalhadores e os sócios da fábrica deverão manter
uma "conciliação obrigatória"
por 15 dias.
Ou seja, deverão negociar
sem paralisações.
A empresa fornece 75% do
papel-jornal consumido na Argentina, e a greve estava colocando em risco a circulação de
veículos do interior.
A importação de papel em
menor escala, no caso dos jornais pequenos e médios do
país, seria inviável economicamente, conforme empresários do setor.
O conflito sindical tem como pano de fundo a briga que
envolve os sócios da Papel
Prensa. O governo, que administra ações do Estado, busca
na Justiça a exclusão dos sócios privados, os jornais "Clarín" e "La Nación".
Ambos mantêm uma guerra
declarada contra a presidente
Cristina Kirchner.
Segundo os dois jornais, os
salários pagos pela empresa
são bem acima da média do setor papeleiro, e o sindicato está sendo manipulado politicamente pelo governo.
(GUSTAVO HENNEMANN)
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