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Filho de Sharon admite a tribunal que há seis anos operou caixa dois
DA REDAÇÃO
Omri Sharon, o filho mais velho
do premiê israelense, confessou
ontem a um tribunal em Tel Aviv
que praticou fraudes ao arrecadar
fundos para a eleição primária do
partido Likud que seu pai disputou, em 1999.
A informação da confissão foi
dada por seu advogado, Dan
Sheinman, em entrevista à Rádio
de Israel. Sheinman disse que seu
cliente confessou todos os crimes
pelos quais foi indiciado, mas pediu que lhe seja dada uma pena
menos severa. Sem a confissão,
ele corria o risco de ser condenado a uma pena de cinco anos.
Omri, que também é membro
do Parlamento, e um outro filho
de Sharon, Gilad, foram os tesoureiros da campanha do pai.
Eles admitiram ter omitido doações da contabilidade, falsificado
documentos apresentados como
doações de empresas e de ter burlado a legislação eleitoral.
A legislação permitia que, para
as primárias, fossem coletados o
equivalente a US$ 169 mil. Mas os
dois filhos de Sharon, qualificando a quantia de "irrealista", operaram com caixa dois e arrecadaram US$ 1,3 milhão.
O escândalo prejudica a imagem pública de Ariel Sharon, no
momento em que o Parlamento
deve ser dissolvido para a convocação de legislativas antecipadas.
Os deputados deverão votar no
próximo dia 21, informa a France
Presse, proposta da oposição que
dissolve o atual gabinete. Sua manutenção se tornou precária depois de eleições internas dentro
do Partido Trabalhista, da qual
saiu vitorioso Amir Peretz, partidário do rompimento com o Likud e do fim da atual coalizão.
Ainda ontem, Peretz enviou
carta aos ministros de seu partido,
na qual lembra, em nome da atual
orientação partidária, que devem
deixar seus cargos.
Com agências internacionais
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