São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 2005

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Filho de Sharon admite a tribunal que há seis anos operou caixa dois

DA REDAÇÃO

Omri Sharon, o filho mais velho do premiê israelense, confessou ontem a um tribunal em Tel Aviv que praticou fraudes ao arrecadar fundos para a eleição primária do partido Likud que seu pai disputou, em 1999.
A informação da confissão foi dada por seu advogado, Dan Sheinman, em entrevista à Rádio de Israel. Sheinman disse que seu cliente confessou todos os crimes pelos quais foi indiciado, mas pediu que lhe seja dada uma pena menos severa. Sem a confissão, ele corria o risco de ser condenado a uma pena de cinco anos.
Omri, que também é membro do Parlamento, e um outro filho de Sharon, Gilad, foram os tesoureiros da campanha do pai.
Eles admitiram ter omitido doações da contabilidade, falsificado documentos apresentados como doações de empresas e de ter burlado a legislação eleitoral.
A legislação permitia que, para as primárias, fossem coletados o equivalente a US$ 169 mil. Mas os dois filhos de Sharon, qualificando a quantia de "irrealista", operaram com caixa dois e arrecadaram US$ 1,3 milhão.
O escândalo prejudica a imagem pública de Ariel Sharon, no momento em que o Parlamento deve ser dissolvido para a convocação de legislativas antecipadas.
Os deputados deverão votar no próximo dia 21, informa a France Presse, proposta da oposição que dissolve o atual gabinete. Sua manutenção se tornou precária depois de eleições internas dentro do Partido Trabalhista, da qual saiu vitorioso Amir Peretz, partidário do rompimento com o Likud e do fim da atual coalizão.
Ainda ontem, Peretz enviou carta aos ministros de seu partido, na qual lembra, em nome da atual orientação partidária, que devem deixar seus cargos.


Com agências internacionais

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