São Paulo, quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

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Bogotá quer protesto formal contra Caracas

DA REDAÇÃO

O governo da Colômbia informou que protestará formalmente contra a Venezuela pelo pedido do presidente Hugo Chávez de que se retire a qualificação de terrorista das guerrilhas colombianas das Farc e do ELN (Exército de Libertação Nacional).
O alto comissário para a Paz da Colômbia, Luis Carlos Restrepo, afirmou que considera a fala de Chávez uma "ingerência nos assuntos internos" de seu país.
Segundo Restrepo, os governos colombiano e venezuelano têm acordos com a ONU para a luta contra grupos que se financiam do narcotráfico, como é o caso das Farc e também do ELN.
Também ontem, a Conferência Episcopal da Colômbia (CEC) afirmou ter dado um passo para solucionar o drama dos seqüestrados pelas Farc ao apresentar à guerrilha uma proposta de "zona de encontro" para negociar. "Contactamos os rebeldes", disse o presidente da CEC e arcebispo de Tunja, Luis Augusto Castro.
No mês passado, Castro havia recebido o respaldo do presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, para tentar encontrar a sede das negociações.
As Farc exigem para a troca de 43 seqüestrados políticos por guerrilheiros a desmilitarização de uma área entre os municípios de Florida e Pradera, no oeste colombiano. A proposta foi descartada pelo governo, que oferece uma área menor e quer que os guerrilheiros estejam desarmados.
Uribe afirmou ontem que está disposto a permitir ainda a criação de uma missão humanitária para visitar e prestar assistência médica aos reféns das Farc. Cartas de seqüestrados divulgadas recentemente mostraram precárias condições de saúde.
"Essas novas provas são, mais que de vida, provas de tortura", afirmou o presidente ontem.


Com agências internacionais


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