São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2000


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CONSEQUÊNCIAS
Entenda o impacto do escândalo

do "Libération"

Após a revelação do escândalo de doações irregulares, as intenções de voto na CDU caíram de 49%, em novembro, para 31% hoje, segundo o Instituto Dimap.
A queda beneficia sobretudo o SPD (Partido Social Democrata), cuja intenção de voto subiu de 30% para 42%. As próximas eleições regionais -em Schleswig-Holstein, no próximo 27 de fevereiro- já indicam uma derrota antecipada para a CDU, e as seguintes, na Renânia do Norte-Vestfália, também parecem estar muito comprometidas.
A coalizão "vermelho-verde" de Gerhard Schroeder governa há vários meses praticamente sem oposição, já que a CDU está ocupada exclusivamente com seus problemas internos.
Existe também o temor de que a queda da CDU provoque crescimento da extrema direita. Mas, enquanto a CDU afunda nas sondagens, o potencial dos dois partidos pequenos de extrema direita, a DVU e o NPD, cresceu muito pouco, subindo apenas de 2% para 3%, segundo o Dimap.
Outra pesquisa, do Instituto Gewis, mostra que 15% dos alemães gostariam de ter em seu país um partido ao estilo do austríaco Partido da Liberdade. Mas uma maioria esmagadora -79%- rejeita essa hipótese.
"Não vejo risco imediato de crescimento da extrema direita", diz o historiador Michael Stuermer, editorialista do jornal "Die Welt". Antes do escândalo as pessoas já diziam que todos os políticos são corruptos. Mas, apesar de tudo, continuam convencidas de que a democracia é o melhor sistema político que pode existir.


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