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CONSEQUÊNCIAS
Entenda o
impacto do
escândalo
do "Libération"
Após a revelação do escândalo de doações irregulares, as intenções de voto na CDU caíram de 49%, em novembro,
para 31% hoje, segundo o Instituto Dimap.
A queda beneficia sobretudo
o SPD (Partido Social Democrata), cuja intenção de voto
subiu de 30% para 42%. As
próximas eleições regionais
-em Schleswig-Holstein, no
próximo 27 de fevereiro- já
indicam uma derrota antecipada para a CDU, e as seguintes,
na Renânia do Norte-Vestfália,
também parecem estar muito
comprometidas.
A coalizão "vermelho-verde"
de Gerhard Schroeder governa
há vários meses praticamente
sem oposição, já que a CDU está ocupada exclusivamente
com seus problemas internos.
Existe também o temor de
que a queda da CDU provoque
crescimento da extrema direita. Mas, enquanto a CDU afunda nas sondagens, o potencial
dos dois partidos pequenos de
extrema direita, a DVU e o
NPD, cresceu muito pouco, subindo apenas de 2% para 3%,
segundo o Dimap.
Outra pesquisa, do Instituto
Gewis, mostra que 15% dos alemães gostariam de ter em seu
país um partido ao estilo do
austríaco Partido da Liberdade. Mas uma maioria esmagadora -79%- rejeita essa hipótese.
"Não vejo risco imediato de
crescimento da extrema direita", diz o historiador Michael
Stuermer, editorialista do jornal "Die Welt". Antes do escândalo as pessoas já diziam que
todos os políticos são corruptos. Mas, apesar de tudo, continuam convencidas de que a democracia é o melhor sistema
político que pode existir.
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