São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2000


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OUTRO LADO
"Militares querem ocupar ministérios'

da Redação

Os militares que apresentaram as denúncias contra membros do governo Chávez almejam cargos como ministros, afirma José Furiati, 62, membro do Movimento Quinta República, partido do presidente.
Segundo ele, o grupo não conta com respaldo dentro da legenda, que, ontem, expressou apoio a Luis Miquelena, mentor político de Chávez, um dos acusados de corrupção. (LP)

Folha - Há uma crise no partido do presidente Chávez? José Furiati - Os comandantes militares que apresentaram as acusações reclamam maior participação no governo. São militares que não estão acostumados à vida política. Eles querem passar por cima de uma organização política para tomar parcelas de poder. Os blocos mais importantes do partido estão contra eles.

Folha - Que tipo de espaço esses militares gostariam de ter no governo?
Furiati -
Eles querem ocupar cargos nos níveis mais elevados do governo, o ministério do Interior, o das Relações Exteriores.

Folha - A crise não aumenta os temores de militarização do governo Chávez?
Furiati -
Eu temia que houvesse militarização, mas não tem sido assim. Os civis emergiram com papéis de maior peso. Com as denúncias, esses militares acabaram perdendo espaço ao invés de ganhar.

Folha - As denúncias podem prejudicar o desempenho dos partidários de Chávez nas eleições de maio?
Furiati -
Pode afetar a campanha, mas não significativamente.


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