São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

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Opositores evocam praça egípcia em atos no Bahrein

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Bahrein enfrentou ontem o terceiro dia consecutivo de protestos antigoverno que já deixaram dois mortos, com manifestantes ocupando, a exemplo do Egito, uma praça-símbolo localizada no centro da capital, Manama.
Após as mortes, no entanto, forças de segurança do país hesitaram em reprimir as manifestações, revelando aparente temor de que as tensões se agravem por parte da monarquia que governa a pequena ilha no golfo Pérsico.
Mas helicópteros da polícia sobrevoaram cerimônia realizada em homenagem à segunda vítima dos confrontos -que morrera justamente durante o funeral do primeiro morto, na véspera.
Os cerca de 2.000 manifestantes da praça Pearl exigem instituição de governo eleito, realização de eleições livres, soltura de presos políticos e a saída do premiê -no cargo há 40 anos- e de todo o Parlamento. Mas poupam o rei, pedindo a criação de uma monarquia constitucional.
Embora vizinho de dois gigantes do petróleo -Arábia Saudita e Qatar-, o Bahrein tem poucas reservas petrolíferas e tenta se consolidar como um centro financeiro do Oriente Médio, temendo por isso o risco de instabilidade.
O reino do Bahrein é ainda um aliado estratégico dos EUA e abriga a Quinta Frota da Marinha americana, responsável pela região do golfo Pérsico -atuando na contenção do Irã- e seu entorno.
A maioria xiita que lidera os protestos é acusada pelos apoiadores do governo de ser alinhada ao Irã. Os xiitas rejeitam as acusações e dizem sofrer discriminação por parte da monarquia -sunita.

IÊMEN E IRAQUE
O Iêmen chegou ontem ao sexto dia consecutivo de protestos antirregime e já contabiliza ao menos um morto em confrontos com forças de segurança -a agência de notícias Efe fala em dois mortos.
A oposição quer a saída de Ali Abdullah Saleh, ditador há 32 anos. Saleh já prometeu não concorrer de novo, mas as concessões não lograram conter os protestos.
No Iraque, três pessoas morreram em Kut -150 km de Bagdá- durante confrontos com forças de segurança.
Os manifestantes protestam por melhores serviços e contra o governo provincial e o premiê Nuri al Maliki.


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