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JUSTIÇA
Decisão invoca liberdade de expressão ao dar permissão
Suprema Corte dos EUA derruba veto à pornografia infantil virtual
DA REDAÇÃO
A Suprema Corte dos EUA decidiu ontem que o Congresso errou ao aprovar uma lei que proíbe pornografia infantil virtual ou gerada por computador.
A Suprema Corte determinou
que a lei é inconstitucional apesar
do argumento utilizado por seus
defensores de que obscenidades
geradas por computador incentivariam pedófilos a molestar
crianças.
"O abuso sexual de uma criança
é um crime muito grave e um ato
repugnante contra os valores morais de um povo decente", disse
Anthony M. Kennedy, que participou da votação e criticou a lei.
Se a lei continuasse em vigor, o direito à liberdade de expressão garantido pela Constituição seria
"posto de cabeça para baixo", segundo a decisão.
A lei, aprovada em 1996, durante o governo de Bill Clinton, também foi defendida pelo presidente
George W. Bush.
Ambas as administrações norte-americanas afirmaram que ela
"ajuda a livrar o mercado de pornografia infantil envolvendo
crianças de verdade".
A lei previa penas de prisão de
até cinco anos na primeira punição e penas de até 30 anos no caso
de reincidência.
"Com as rígidas penalidades em
vigor, poucos cineastas ou editores legítimos se arriscariam a distribuir imagens no alcance incerto desta lei ou que estivessem próximas [ao que ela determina"",
afirmou Kennedy.
Para ele, filmes como "Traffic" e
"Beleza Americana" são exemplos de trabalhos artísticos que
poderiam ser afetados pela lei.
Com agências internacionais
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