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IRAQUE SOB TUTELA
Xiitas permitirão que partido do atual premiê escolha sucessor; violência no país deixa mais de 30 mortos
Impasse político pode estar perto do fim
DA REDAÇÃO
O jornal americano "New York
Times" informou ontem que o
impasse político no Iraque quanto ao nome do novo premiê do
país pode estar próximo do fim.
De acordo com o "Times", líderes xiitas concordaram em permitir que o partido do atual primeiro-ministro, Ibrahim al Jaafari,
escolha quem o substituirá.
O imbróglio sobre a formação
do novo governo, que já dura
quatro meses, opõe xiitas, de um
lado, e os sunitas e curdos, de outro. Estes não aceitam que Jaafari
permaneça no posto de primeiro-ministro, mas ele ainda não se
manifestou sobre deixar o cargo.
Sessão do Parlamento iraquiano que estava marcada para hoje
foi adiada, a fim de que prossigam
as negociações entre os líderes
partidários. Adnan Pachachi, presidente em exercício do Parlamento, afirmou ao periódico nova-iorquino que uma solução para o impasse surgiria em breve.
Violência
A violência no Iraque fez mais
de 30 mortos no fim de semana.
Seis pessoas morreram em conseqüência de um confronto entre
forças americanas e supostos insurgentes, de acordo com o Exército dos EUA. Na ação, realizada
em Youssifiyah, um suspeito de
integrar a Al Qaeda foi preso.
Segundo os militares americanos, soldados invadiram uma casa em Youssifiyah (a cerca de 20
km de Bagdá) e detiveram cinco
suspeitos de militarem na insurgência, entre eles o que faria parte
da Al Qaeda. Durante a blitz, os
ocupantes da casa dispararam
contra os soldados, que revidaram. No tiroteio, os militares mataram dois homens que, afirmam,
estavam usando coletes com
bombas, e um terceiro terrorista
detonou os explosivos que trazia
no corpo, matando a si próprio.
Dois outros suspeitos de participarem da insurgência foram mortos, e uma mulher foi alvejada na
troca de tiros e também morreu.
Além disso, três outras mulheres e
uma criança ficaram feridas em
razão do confronto.
Outro episódio de violência teve
lugar ontem na cidade de Mahmoudiya, ao sul de Bagdá, onde a
explosão de um carro-bomba
matou ao menos dez pessoas e feriu mais de 20. O atentado ocorreu em um mercado a céu aberto
próximo a uma mesquita xiita.
Mahmoudiya, que fica às margens do rio Eufrates e é uma cidade em que vivem xiitas e sunitas,
tem sido palco de constantes
atentados nos últimos dois anos.
A violência se estendeu à área
xiita de Kamaliyah, no leste de
Bagdá, onde a explosão de uma
bomba dentro de um microônibus matou ao menos três das pessoas que estavam no veículo e feriu seis, segundo a polícia local.
Outras 12 pessoas morreram vítimas de atiradores nas cidades de
Mossul e Baquba.
Houve mortes também entre os
soldados dos EUA no fim de semana. De acordo com o Exército,
quatro marines morreram em
dois combates distintos no sábado. As mortes elevam a 47 o número de baixas americanas neste
mês no país. No mês de março foram 31 os americanos mortos.
Rumsfeld
O "New York Times" informou
ontem também que, em resposta
a críticas que o secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld,
tem recebido de generais da reserva americanos, o Pentágono divulgou um memorando para oficiais fora da ativa. O documento
afirma que os comandantes militares foram envolvidos "em um
nível sem precedentes" nas decisões sobre ações no Iraque.
Com agências de notícias
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