São Paulo, terça-feira, 17 de abril de 2007

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RÚSSIA

Kasparov é investigado por "incitação ao extremismo"

DA REDAÇÃO

O Serviço Federal de Segurança russo (FSB, ex-KGB) abriu investigação para saber se o ex-campeão mundial de xadrez Garry Kasparov, um dos líderes da oposição no país, pode ser indiciado por "incitação ao extremismo", crime com pena prevista de até cinco anos de prisão.
Kasparov foi preso no sábado, junto com centenas de pessoas em um protesto contra o governo em Moscou, e libertado horas depois. A repressão da polícia provocou críticas dos Estados Unidos e da União Européia.
Segundo a rádio Eco de Moscou, o FSB abriu a investigação devido às declarações do enxadrista à emissora no dia 8 de abril. Kasparov exortou os moscovitas a participar da "Marcha dos Dissidentes", no último sábado, protesto que não recebeu autorização oficial.
Em nota oficial, o FSB diz que investiga se há "indícios de crime", nas declarações de Kasparov, que "podem ser qualificadas como chamamento público a realizar atividades extremistas, segundo o artigo 280 do código penal da Rússia".
A marcha de sábado, em Moscou, e outra semelhante no dia seguinte, em São Petersburgo, foram organizadas pelo Outra Rússia -movimento de oposição heterogêneo, que reúne de liberais a ultranacionalistas-, do qual Kasparov é um dos líderes. O objetivo era protestar contra as violações de liberdades e pedir uma reforma da lei eleitoral.
Ontem, a Casa Branca manifestou preocupação com a ação da polícia russa.
"Estamos profundamente perturbados com a mão pesada utilizada para dispersar as manifestações do fim de semana e pelo padrão de [estado de] emergência com que a força excessiva é aplicada pelas autoridades em eventos semelhantes", disse Dana Perino, porta-voz da Casa Branca.


Com agências internacionais


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