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RÚSSIA
Kasparov é investigado por "incitação ao extremismo"
DA REDAÇÃO
O Serviço Federal de Segurança russo (FSB, ex-KGB)
abriu investigação para saber
se o ex-campeão mundial de
xadrez Garry Kasparov, um
dos líderes da oposição no
país, pode ser indiciado por
"incitação ao extremismo",
crime com pena prevista de
até cinco anos de prisão.
Kasparov foi preso no sábado, junto com centenas de
pessoas em um protesto contra o governo em Moscou, e
libertado horas depois. A repressão da polícia provocou
críticas dos Estados Unidos e
da União Européia.
Segundo a rádio Eco de
Moscou, o FSB abriu a investigação devido às declarações
do enxadrista à emissora no
dia 8 de abril. Kasparov exortou os moscovitas a participar da "Marcha dos Dissidentes", no último sábado,
protesto que não recebeu autorização oficial.
Em nota oficial, o FSB diz
que investiga se há "indícios
de crime", nas declarações de
Kasparov, que "podem ser
qualificadas como chamamento público a realizar atividades extremistas, segundo o artigo 280 do código penal da Rússia".
A marcha de sábado, em
Moscou, e outra semelhante
no dia seguinte, em São Petersburgo, foram organizadas pelo Outra Rússia -movimento de oposição heterogêneo, que reúne de liberais
a ultranacionalistas-, do
qual Kasparov é um dos líderes. O objetivo era protestar
contra as violações de liberdades e pedir uma reforma
da lei eleitoral.
Ontem, a Casa Branca manifestou preocupação com a
ação da polícia russa.
"Estamos profundamente
perturbados com a mão pesada utilizada para dispersar
as manifestações do fim de
semana e pelo padrão de [estado de] emergência com
que a força excessiva é aplicada pelas autoridades em
eventos semelhantes", disse
Dana Perino, porta-voz da
Casa Branca.
Com agências internacionais
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