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Grupo deixa caverna russa antes do "fim do mundo"
DA REDAÇÃO
Nove milenaristas russos
deixaram ontem a caverna em
que haviam se fechado em novembro para "esperar o fim do
mundo", previsto por Pyotr
Kuznetsov, um ex-engenheiro
diagnosticado como sendo esquizofrênico e que, autodenominando-se profeta, criou uma
seita chamada Verdadeira Igreja Ortodoxa Russa.
De início o grupo contava na
caverna com 35 adeptos, que,
no entanto, a abandonaram aos
poucos, entre março e abril,
quando o ambiente se tornou
menos habitável pela infiltração de água gelada resultante
do derretimento de neve nessa
localidade rural dos Urais, a
600 km de Moscou.
Antes dessa primeira evasão
os milenaristas ameaçaram se
explodir com botijões de gás caso a polícia tentasse desalojá-los. A resistência dos últimos
nove místicos foi quebrada pela
informação das autoridades sanitárias de que todos poderiam
morrer em razão da decomposição de dois cadáveres -duas
mulheres idosas que morreram, uma de câncer, a outra, de
desnutrição depois de cumprir
severo e ritual jejum.
Ao deixarem a caverna, os
adeptos da seita recusaram alimentos porque jejuam todas as
quartas e sextas-feiras.
Kuznetsov permaneceu nas
primeiras semanas num casebre das imediações. Mas foi internado depois de uma cerimônia de autoflagelação que o deixou gravemente ferido. Psiquiatras diagnosticaram tentativa de suicídio. Os promotores
querem condená-lo a três anos
de prisão por incitação ao sofrimento alheio.
Com agências internacionais
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