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EUA
Encaminhamentos de casos de terrorismo internacional cresceram seis vezes
FBI investiga mais casos de terror
DA REDAÇÃO
O FBI (polícia federal dos EUA)
está investigando seis vezes mais
casos de terrorismo internacional
do que no período anterior aos
atentados de 11 de setembro. Porém mais da metade desses casos
acaba não sendo processada, segundo dados do Departamento
de Justiça dos EUA.
No ano anterior aos ataques
contra o World Trade Center e o
Pentágono, os agentes do FBI encaminhavam cerca de dez casos
de terrorismo internacional por
mês para serem processados por
promotores dos EUA, segundo
dados da Universidade de Syracuse. Nos primeiros seis meses após
os atentados, o número subiu para 59 casos a cada mês.
A metade deles, no entanto, acaba não sendo aceita pelos promotores, que alegam "falta" ou até
mesmo "ausência total" de provas
de crime federal.
O presidente do Comitê de Justiça do Senado, Patrick Leahy (do
Partido Democrata), e o senador
republicano Charles Grassley disseram que estão preocupados
tanto com o alto número de recusas em processar casos de terrorismo como também com as razões utilizadas pelos promotores
para não levar adiante esses casos.
Os parlamentares perguntaram
em uma carta enviada na sexta-feira ao secretário da Justiça dos
EUA, John Ashcroft, e ao diretor
do FBI, Robert Mueller, os motivos de tantos casos não estarem
sendo processados.
Autoridades do FBI afirmaram
que, nos casos antiterror, os esforços para prevenir atentados nem
sempre resultam em processos.
Bill Carter, porta-voz do FBI, afirmou que as investigações dos
atentados de 11 de setembro provocaram um aumento no número
de casos de terrorismo internacional que estão sendo investigados pelos agentes federais e disse
que nem tudo que é encaminhado
aos promotores é aceito.
Por outro lado, as investigações
dos ataques causaram queda de
23% no total de crimes investigados pelo FBI durante os três primeiros meses após os atentados.
No final de março, esse número já
havia retornado aos patamares
anteriores a 11 de setembro.
Melhora nas relações
As relações inter-raciais melhoraram em Nova York depois dos
ataques de 11 de setembro, e as
minorias passaram a valorizar
mais o trabalho dos policiais, de
acordo com uma pesquisa do
"New York Times".
O levantamento indicou que,
para 53% dos negros, as relações
inter-raciais são boas, número
bem superior aos 16% de dois
anos atrás, quando uma pesquisa
similar foi realizada.
Entre os brancos, a parcela que
considera boa a relação entre as
raças é de 69%, contra 35% em
2000. A porcentagem é de 56%
entre os hispânicos, bem mais elevada que os 16% de dois anos
atrás. Para a população como um
todo, o crescimento foi de 25%,
em 2000, para 63% atualmente.
"A mudança nas atitudes foi
perceptível nos primeiros dias e
nas semanas posteriores ao 11 de
setembro. Na época, porém, imaginava-se que isso fosse o resultado de uma cidade ferida. Nove
meses depois, as mudanças aparentam ser mais profundas", escreveu o "New York Times".
Para 50% dos negros e 52% dos
hispânicos, a polícia de Nova
York realiza um trabalho bom,
apesar de a maioria considerá-la
mais favorável aos brancos. Em
2000, apenas 12% dos negros e
26% dos hispânicos elogiavam o
trabalho da polícia da cidade.
Com agências internacionais
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