São Paulo, sábado, 17 de junho de 2006

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TERROR EM LONDRES

Resultado de investigação da morte de Jean Charles é adiado

DA REDAÇÃO

A Comissão Independente de Queixas contra a Polícia de Londres, que investiga o assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes, divulgou que o informe oficial sobre sua morte só será anunciado no final de agosto, no fim do verão europeu.
A publicação do informe estava prevista para acontecer ontem. O porta-voz da comissão disse apenas que o adiamento ocorreria porque "a investigação levará mais tempo que o previsto".
A família do brasileiro pediu que o processo seja acelerado e que os culpados sejam punidos. "É revoltante que um crime dessa importância para a família e o público seja tratado com essa lentidão. Só pedimos um processo ágil que revele a verdade e leve os culpados à Justiça", diz o comunicado da família. "A família já foi abandonada pela polícia, e agora pela Promotoria e pela comissão independente."
A advogada da família, Harriet Wistrich, deu uma entrevista coletiva em frente a um tribunal londrino, acompanhada por três primos do brasileiro. "Está claro que há interesses que ajudam a atrasar a investigação. Esperamos que a promotoria atue o mais rápido possível."
A Comissão Independente confirmou, depois de queixa da família, que o chefe da Polícia Metropolitana de Londres, sir Ian Blair, só poderia ser entrevistado pela comissão em agosto.
O eletricista brasileiro, de 27 anos, foi morto pela polícia britânica em 22 de julho do ano passado no metrô de Londres, com sete tiros na cabeça, confundido com um terrorista. A morte ocorreu um dia depois de um atentado frustrado no metrô de Londres, que tentava repetir os ataques que mataram 52 pessoas em 7 de julho.


Com agências internacionais

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