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TERROR EM LONDRES
Resultado de investigação da morte de Jean Charles é adiado
DA REDAÇÃO
A Comissão Independente
de Queixas contra a Polícia
de Londres, que investiga o
assassinato do brasileiro
Jean Charles de Menezes, divulgou que o informe oficial
sobre sua morte só será
anunciado no final de agosto,
no fim do verão europeu.
A publicação do informe
estava prevista para acontecer ontem. O porta-voz da
comissão disse apenas que o
adiamento ocorreria porque
"a investigação levará mais
tempo que o previsto".
A família do brasileiro pediu que o processo seja acelerado e que os culpados sejam
punidos. "É revoltante que
um crime dessa importância
para a família e o público seja
tratado com essa lentidão. Só
pedimos um processo ágil
que revele a verdade e leve os
culpados à Justiça", diz o comunicado da família. "A família já foi abandonada pela
polícia, e agora pela Promotoria e pela comissão independente."
A advogada da família,
Harriet Wistrich, deu uma
entrevista coletiva em frente
a um tribunal londrino,
acompanhada por três primos do brasileiro. "Está claro que há interesses que ajudam a atrasar a investigação.
Esperamos que a promotoria
atue o mais rápido possível."
A Comissão Independente
confirmou, depois de queixa
da família, que o chefe da Polícia Metropolitana de Londres, sir Ian Blair, só poderia
ser entrevistado pela comissão em agosto.
O eletricista brasileiro, de
27 anos, foi morto pela polícia britânica em 22 de julho
do ano passado no metrô de
Londres, com sete tiros na
cabeça, confundido com um
terrorista. A morte ocorreu
um dia depois de um atentado frustrado no metrô de
Londres, que tentava repetir
os ataques que mataram 52
pessoas em 7 de julho.
Com agências internacionais
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