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Bispo ortodoxo se une ao êxodo sérvio e abandona mosteiro
das agências internacionais
Um dos principais líderes da
Igreja Ortodoxa em Kosovo, o bispo Artemije Radosavljevic, se juntou ontem ao novo fluxo de refugiados na Província -o dos sérvios, que estão deixando suas cidades com medo de vingança dos kosovares de origem albanesa.
Radosavljevic abandonou sua
catedral em Prizren. Ele afirmou
que as tropas da Alemanha que estão na cidade não eram capazes de
garantir sua segurança, ameaçada
pelos membros do Exército de Libertação de Kosovo (ELK).
Outros nove padres o acompanharam na viagem em direção a
Pristina (capital kosovar), em um
comboio que foi escoltado por militares alemães. O bispo planeja
deixar a Província caso a capital
também não se mostre um local seguro.
Um dos motivos alegados por
Belgrado para lutar contra os separatistas de etnia albanesa de Kosovo é a importância histórica e religiosa dos mosteiros ortodoxos da
região, muitas vezes qualificada
como a "Jerusalém dos sérvios".
Segundo a Cruz Vermelha, mais
de 30 mil pessoas, em sua maioria
sérvios, já deixaram Kosovo desde
sábado, quando as tropas da Otan
começaram a entrar.
Antes da guerra, havia entre 150
mil e 200 mil sérvios vivendo na
Província.
O comandante das forças da
Otan para a manutenção de paz na
região, general Michael Jackson,
foi ontem a Kosovo Polje, região
habitada majoritariamente por
sérvios, tentar convencer a população a permanecer.
"Peço a todos que fiquem em Kosovo. Já há refugiados demais no
mundo e não queremos criar novos. Estaremos com vocês", disse
Jackson a cerca de mil sérvios reunidos em uma escola.
O general britânico declarou
também que todos seriam tratados
igualmente por suas forças e que o
ELK será desmilitarizado.
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