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São Paulo, quarta-feira, 17 de setembro de 2003

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EUA atacam falta de cooperação da Síria

DA REUTERS

A Síria não tem conseguido impedir que extremistas islâmicos atravessem sua fronteira com o Iraque -com o objetivo de matar soldados americanos que atuam no país- e busca dotar-se de programas de armas químicas e biológicas, disse ontem John Bolton, subsecretário de Estado, no Congresso dos EUA.
Bolton afirmou que os EUA têm de manter aberta a possibilidade de usar "todas as ferramentas" (referindo-se a uma ação militar) para convencer a Síria ou qualquer outro país a abandonar sua intenção de obter armas de destruição em massa.
A principal justificativa para a invasão do Iraque foi a acusação de que o país buscava dotar-se de armas de destruição em massa. Porém os programas de armas ainda não foram achados, o que mina a credibilidade dos EUA.
Bolton disse que a administração dos EUA está preocupada com relatos da mídia segundo os quais o Iraque transferiu parte de suas supostas armas de destruição em massa para a Síria. Mas ele salientou que ainda não há provas para sustentar essa suspeita.
"Vimos a Síria tomar uma série de atitudes contrárias às forças anglo-americanas. A Síria permitiu que voluntários chegassem ao Iraque para atacar e matar nossos militares durante a guerra e continua a fazê-lo", disse Bolton.
Os comentários de Bolton e declarações do secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, em 4 de setembro último, sugerem que a paciência dos americanos em relação a Damasco esteja chegando ao fim. Rumsfeld afirmou que a Síria e o Irã não fazem o suficiente para impedir a entrada de extremistas islâmicos no Iraque.


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