São Paulo, domingo, 17 de outubro de 2004

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SAÚDE

Remédio é vendido no Brasil

Pfizer alerta nos EUA sobre risco da Bextra

DA REDAÇÃO

O laboratório Pfizer alertou ontem médicos nos Estados Unidos que seu antiinflamatório Bextra pode aumentar o risco de ataque cardíaco ou derrame em pacientes que fizeram ponte de safena. O anúncio vem duas semanas após a Merck retirar do mercado seu antiinflamatório Vioxx por razões semelhantes.
A Pfizer afirmou que um estudo clínico envolvendo mais de 1.500 pacientes mostrou que aqueles que passaram por cirurgia de ponte de safena e tinham tomado Bextra tiveram maior risco cardiovascular. Uma pesquisa inicial feita no ano passado suscitou preocupações similares nesses pacientes safenados.
Os antiinflamatórios conhecidos como inibidores de Cox-2, como Bextra e Vioxx, têm sido largamente prescritos para pessoas com artrite. O recall da Merck e, agora, o alerta da Pfizer devem alimentar o debate sobre a segurança desses medicamentos.
O FDA (órgão americano que regula alimentos e fármacos) informou ontem que a agência promoveria uma reunião de especialistas independentes em janeiro sobre o tema. Serão analisados os riscos e benefícios dessas drogas.
Reguladores de outros países também deram indicações de planos de rever as drogas Cox-2.
O laboratório informou que já está conduzindo pesquisa para saber ser o Bextra aumenta o risco cardiovascular em usuários com dor crônica. A existência de uma reação dermatológica rara e potencialmente fatal ao remédio também foi divulgada.
Segundo a assessoria de imprensa da Pfizer no Brasil, a empresa vai alterar a bula do remédio comercializado nos EUA, colocando o alerta para o risco cardiovascular em pacientes safenados. O Bextra está no mercado norte-americano desde 2001.
No Brasil, ainda de acordo com a assessoria, a bula já apresenta o alerta porque o remédio começou a ser vendido em 2003, quando os resultados preliminares sobre o risco já eram conhecidos.


Com o "New York Times"

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