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Afeganistão cria novo órgão anticorrupção
Anúncio é feito em meio à forte pressão ocidental para que problema seja combatido com mais firmeza
DA REDAÇÃO
Em meio à intensa pressão
feita por seus aliados ocidentais, o governo do Afeganistão
anunciou ontem a criação de
um novo órgão especializado
em investigar e combater a corrupção, considerada endêmica
até mesmo nos mais altos níveis do Estado.
Segundo o Ministério do Interior, o objetivo da nova unidade será processar casos envolvendo membros do alto escalão do governo.
Há anos o Afeganistão é alvo
de denúncias de corrupção.
Mas a pressão para que haja
mais firmeza em combatê-las
aumentou depois que o presidente do país, Hamid Karzai,
conquistou a reeleição num
pleito marcado por fraudes e irregularidades. Ele tomará posse na quinta-feira. "Pelos próximos cinco anos, a prioridade de
Karzai será lutar contra a corrupção", disse o ministro do Interior, Hanif Atmar.
Autoridades dos EUA e do
Reino Unido já afirmaram que
irão levar em conta o comprometimento de Cabul em combater o problema antes de decidir sobre o envio de mais tropas
ao país, para lutar contra um
ressurgente Taleban. Anteontem, a secretária de Estado
americana, Hillary Clinton,
disse querer evidências tangíveis desse empenho.
Apesar da pressão, autoridades afegãs negaram que a criação da força-tarefa tenha sido
imposta e disseram que ela funcionará em coordenação com o
FBI e com a britânica Scotland
Yard, entre outros organismos.
A nova unidade anticorrupção é o terceiro órgão criado pelo governo afegão com o mesmo objetivo. O primeiro foi
desmantelado depois da descoberta de que seu chefe fora condenado nos EUA por envolvimento com drogas. Em 2008,
um novo escritório foi lançado
com promessas de julgamento
de membros do alto escalão e
de demissão de juízes.
A população, porém, continua apontando a corrupção como um dos principais problemas do governo. Segundo a
ONG Transparência Internacional, o Afeganistão era o
quinto país mais corrupto do
mundo em 2008 -perdendo
apenas para Haiti, Iraque,
Mianmar e Somália.
Ataque
Dois foguetes disparados ontem contra um mercado em Tagab, norte de Cabul -onde o
comandante das forças francesas no Afeganistão, general de
brigada Marcel Druart, participava de uma reunião com líderes tribais-, mataram 12 pessoas. Druart não foi atingido.
Com agências internacionais
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