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Conservadores ganham "Guerra do Natal", diz comentarista
DO ENVIADO A DES MOINES
A "Guerra do Natal" acabou,
e o vencedor são os conservadores. Pelo menos é o que declarou o porta-voz informal do
movimento, o comentarista
Bill O'Reilly, da emissora Fox
News, em seu programa diário.
Ele respondia a um anúncio
que vem sendo publicado em
jornais norte-americanos por
uma coalizão católica que o
convidava a ampliar a "causa".
A causa: nos últimos anos,
O'Reilly vinha acusando redes
como a loja de decorações Crate & Barrel e a de eletrônicos
Best Buy de proibir seus funcionários de dizer "Feliz Natal"
aos clientes. O argumento das
empresas, dizia ele, era que
muitas pessoas não comemoram o feriado religioso, que é
adotado predominantemente
por católicos e parte dos protestantes, e poderiam se sentir
ofendidos pela frase.
Em vez dela, os funcionários
deveriam receber os clientes
apenas com "Boas festas" ou
"Feliz feriado". Essas e outras
empresas negaram que havia
uma proibição. Tratava-se de
uma recomendação, não uma
regra a ser seguida, respondeu a
Crate & Barrel. Foi o suficiente
para que O'Reilly começasse a
campanha, que batizou de
"War on Christmas".
Com o barulho, secularistas e
associações de direitos civis como a ACLU entraram na briga.
As entidades lutam com repartições e órgãos federais contra a
exibição nesses locais de símbolos considerados religiosos,
como o Papai Noel e a árvore de
Natal, o que contrariaria a Primeira Emenda da Constituição
dos EUA, que entre outras coisas proíbe a adoção de uma religião oficial e estabelece a separação de fato entre Igreja e Estado no país.
O assunto morreu muito por
conta da disposição de O'Reilly
de levar a briga adiante sozinho. Até que entrou em cena a
Aliança dos Católicos pelo Bem
Comum. Nos anúncios, a entidade religiosa pede que a luta
seja redirecionada contra o
consumismo que envolve o feriado religioso. Foi em discussão recente ao vivo com a diretora da aliança, Alexia Kelley,
que O'Reilly declarou a vitória.
"Você não nega que há alguns
anos -e nós vencemos essa
guerra- havia um movimento
muito efetivo em marcha para
varrer dos locais públicos qualquer vestígio de Natal", disse
ele. "Se não fosse pela campanha, as forças do mal teriam
vencido." A frase foi o suficiente para acender a blogosfera.
Um deles, o portal de blogs liberais "Huffington Post", chegou a fazer uma reportagem satírica comparando a "Guerra
do Natal" com a Guerra do Iraque. No comando da primeira,
está o "Supremo Pai Generalíssimo O'Reilly".
(SD)
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