São Paulo, quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

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Por entrevero com Israel, Reino Unido quer rever lei

Jurisdição universal pode ser alvo de reforma em Londres

DA REDAÇÃO

O governo do Reino Unido prometeu estudar "com urgência" uma reforma da legislação que dá a seus juízes jurisdição universal para mandar prender acusados de crimes de guerra ou contra a humanidade.
Trata-se de uma reação à ordem de prisão emitida por um tribunal londrino, a pedido de um grupo pró-palestinos, contra a ex-chanceler de Israel Tzipi Livni, por supostos crimes de guerra durante a ofensiva israelense em Gaza, há um ano.
Livni, que tinha programada viagem a Londres no domingo, cancelou a visita alegando problemas de agenda.
O caso tem gerado mal-estar entre Reino Unido e Israel, que ameaçou alijar Londres do processo de pacificação do Oriente Médio. Na tentativa de acalmar os ânimos, ontem, o premiê britânico, Gordon Brown, disse a Livni que ela é bem-vinda no Reino Unido, e o chanceler David Miliband disse que Israel é "sócio estratégico e amigo próximo" dos britânicos.
Em contrapartida, um grupo pró-palestinos em Londres se disse "escandalizado" pela tentativa de o Reino Unido mudar sua lei, a qual permite que juízes emitam ordem de prisão contra estrangeiros visitantes, sob petição de um demandante, sem ter de passar pela Promotoria do país. "Deveríamos defender esse direito de processar criminosos [no Reino Unido]", disse a Campanha de Solidariedade com Palestinos.

Rejeição a Abbas
O grupo islâmico palestino Hamas, que controla a faixa de Gaza, rejeitou ontem a prorrogação do mandato de Mahmoud Abbas, da facção rival -e laica- Fatah, na presidência da Autoridade Nacional Palestina.
A prorrogação se deveu às divisões entre Hamas e Fatah, que impediram a convocação da eleição palestina em janeiro.
Ontem, o Hamas disse que "as competências do Conselho Nacional Palestino [que decidiu pela prorrogação] não obrigam o povo palestino a nada".

Com agências internacionais



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