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EUA negociam com Uzbequistão rota de suprimento para tropas em solo afegão
DO "FINANCIAL TIMES"
Um importante comandante
militar dos EUA realizou negociações de alto nível no Uzbequistão, ontem, com o objetivo
de garantir novas rotas de suprimento para as tropas que
servem no vizinho Afeganistão.
O general David Petraeus,
comandante das forças americanas no Oriente Médio e na
Ásia Central, se reuniu com o
presidente uzbeque, Islam Karimov, e funcionários dos ministérios da Defesa e do Exterior do Uzbequistão.
A visita do general Petraeus
acontece em um momento desafiador, para os estrategistas
americanos, na Ásia Central.
Neste mês, o Quirguistão ordenou o fechamento de uma base
militar dos EUA em seu território. A base era uma parada essencial para o reabastecimento
dos aviões de carga que se dirigem ao Afeganistão.
Hoje, a maioria dos suprimentos americanos chega ao
Afeganistão via Paquistão, mas
a escalada da insurgência do
Taleban solapou a segurança
dessa rota.
Por isso, o general Petraeus
negocia o uso de rotas terrestres que passam por Cazaquistão, Tajiquistão, Turcomenistão e pelo próprio Quirguistão.
A Rússia, que segundo analistas estimulou o Quirguistão a
fechar a base americana e pretende usar a questão para barganhar seus próprios contenciosos com o novo governo
americano, se dispôs a permitir
que os suprimentos passem por
seu território.
Os EUA estabeleceram bases
militares no Quirguistão e Uzbequistão em 2001, logo após a
invasão do Afeganistão.
Mas Karimov ordenou que as
forças dos EUA deixassem seu
país em 2005, depois que governos ocidentais criticaram o
governo uzbeque pela repressão feroz a um levante armado
na cidade de Andijan.
A Alemanha, que utiliza uma
base militar no Uzbequistão
para transportar assistência
humanitária ao Afeganistão,
vem pressionando com sucesso
a União Europeia pela reabertura de contatos com o Uzbequistão.
Na semana passada, o secretário da Defesa americano, Robert Gates, classificou a base no
Quirguistão como "importante
mas não insubstituível".
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