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EUA mandarão alto diplomata a Cuba
Número 2 da Chancelaria americana para a região encabeçará rodada de conversas sobre migração com Havana amanhã
Craig Kelly é o funcionário mais graduado dos EUA a visitar a ilha em décadas; governo de Barack Obama busca distensionar relação
DA REDAÇÃO
O governo dos EUA confirmou ontem que o subsecretário-adjunto de Estado para a
América Latina, Craig Kelly,
participará amanhã em Havana
de uma nova rodada de conversas sobre migração com Cuba.
"As conversas se centrarão
em como promover da melhor
maneira uma política migratória segura, legal e ordenada"
entre os países, apontou nota
do Departamento de Estado.
Número dois do Departamento de Estado americano
para o hemisfério Ocidental,
Kelly é o funcionário mais graduado da Chancelaria americana a pisar a ilha em décadas.
Encabeçará delegação integrada por representantes dos órgãos de governo responsáveis
pela política migratória.
EUA e Cuba retomaram em
julho passado, no âmbito da
ONU, conversas sobre migração, que estavam interrompidas desde 2003. Depois desse
primeiro encontro em Nova
York, a intenção dos países era
promover uma nova rodada de
conversas em dezembro, o que
acabou não ocorrendo.
Desde sua posse, em janeiro
de 2009, o governo Barack
Obama vem procurando melhorar o trato com Cuba -os
países não têm relações diplomáticas desde 1962, quando
Washington estabeleceu embargo econômico contra a ilha
sob governo comunista.
Em abril, Obama flexibilizou
restrições a viagens e ao envio
de remessas a Cuba por cubano-americanos, em gesto de
distensão com Havana. Mesmo
sem alterar regras para outros
tipos de viagens, o fluxo inverso, de visitantes cubanos aos
EUA, entrou em alta sob Obama -cresceu 52% em 2009 em
relação ao ano anterior.
A partir dessa medida, o Departamento de Estado, por
meio do então secretário-adjunto para Américas Latina,
Thomas Shannon (atual embaixador no Brasil), manteve
reuniões em Washington com
um representante do governo
de Raúl Castro.
Em maio, Cuba aceitou retomar conversas sobre migração
e serviços postais diretos entre
os países, suspensos desde
1963. Contatos que começaram
em setembro, quando a então
responsável por Cuba no Departamento de Estado, Bisa
Williams, viajou a Cuba.
Recentemente, o número um
da diplomacia americana para a
América Latina, Arturo Valenzuela, disse que os EUA estão
dispostos a ampliar o diálogo
com Cuba e incluir outros temas na agenda além de migração e serviços postais.
O governo Obama, contudo,
já deixou claro que considera
com "calma" a aproximação
com Cuba, porque não busca,
neste momento, uma "mudança súbita" nas relações.
Com agências internacionais
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