São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011 |
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Militares do Bahrein ocupam capital após repressão matar 5 DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS Após violenta repressão a protestos opositores que deixou ao menos cinco mortos, forças de segurança do Bahrein tomaram ontem "locais-chaves" da capital, Manama, em tentativa de interromper a intensificação das ações. Desde a última segunda, quando a onda de protestos antirregime em países árabes e do Oriente Médio chegou à pequena ilha do Golfo Pérsico, já são sete os mortos. A praça da Pérola, tornada símbolo dos protestos a exemplo da egípcia Tahrir, amanheceu tomada por soldados e tanques que ainda na madrugada promoveram operação-surpresa para dispersar os 2.000 manifestantes já acampados no local. Segundo relatos, as forças de segurança atacaram indiscriminadamente homens, mulheres e crianças que se dispunham a ficar. Além das cinco mortes, a repressão mais violenta em décadas no país deixou 60 pessoas desaparecidas, dezenas de presos e 231 feridos. Na praça, restaram tendas abandonadas, cartazes rasgados, resquícios de munição, bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. Os protestos são liderados pela maioria xiita (até 70%) dos 700 mil bareinitas, que diz sofrer discriminação por parte da monarquia. A família real privilegiaria os sunitas no funcionalismo público e até nas Forças Armadas. Os opositores acusam ainda o governo de conceder cidadania a sunitas de outros países para equilibrar os grupos religiosos muçulmanos. Os xiitas exigem a saída do premiê, há 40 anos no cargo, o estabelecimento de monarquia constitucional e a instituição de um governo eleito. Dificuldades econômicas e a falta de liberdades também atraem aos protestos manifestantes da minoria sunita. Os EUA, aliados da monarquia bareinita, pediram "comedimento" ao governo e expressaram "preocupação". Texto Anterior: Entrevista: "Do hotel, ouvi os tiros", conta piloto brasileiro Próximo Texto: FOLHA.com Índice | Comunicar Erros |
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