São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

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Italianos tentam "dividir" imigração com outros países

DO ENVIADO A LAMPEDUSA

Os movimentos por liberdade e democracia que se espalham pelo norte da África podem gerar efeito colateral na Europa: uma nova onda migratória.
A chegada de 5.000 tunisianos a Lampedusa, pequena ilha a 113 km da Tunísia e a 220 km da Sicília (sul da Itália), acendeu um sinal de alerta. Já foram apreendidos também barcos com egípcios.
A Itália, porta de entrada por questão geográfica, quer dividir a responsabilidade com o resto da Europa e já pediu a criação de fundo de 100 milhões para cuidar do problema.
O país alega que esses imigrantes não desejam ficar na Itália, mas ir para a França, onde têm família. Há também a facilidade da língua: o país foi colônia francesa, e a maioria dos tunisianos fala o idioma.
Acordo entre os países da União Europeia determina que imigrantes em busca de asilo devem ficar no país a que chegaram até a solução de seu caso.
Mas cada país tem suas regras. Na Itália, eles ficam em centros de migração por até seis meses. Se o asilo for negado, tenta-se acordo com o país de origem para a deportação. Sem acordo, o imigrante tem cinco dias para deixar a Europa ou ir preso.
A Grécia, que também por razões geográficas registra imigração, foi criticada pela Corte Europeia dos Direitos Humanos por manter quem procura asilo em situação precária. A UE promete finalizar lei única até 2012.
(VM)


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