DO ENVIADO A PORT OF SPAIN

Foi intensa a movimentação nos bastidores na abertura da Cúpula das Américas. Do salão Jade, onde os líderes esperavam a vez de entrar no auditório do hotel Hyatt, ao plenário, a tônica parecia ser uma: a esquerda latino-americana queria ficar bem -ou pelo menos aparecer- na foto com o popular Barack Obama. E a recíproca era verdadeira.
A começar por Hugo Chávez. A iniciativa do contato foi do americano, que atravessou o salão para se apresentar. Foi muito bem recebido. "Com esta mão, há oito anos, saudei Bush. Quero ser seu amigo", disse Chávez. Os dois falaram por minutos sobre o "desejo mútuo" de mudar a relação bilateral, segundo assessores de ambos.
Minutos depois, o imprensa oficial da Venezuela distribuía as fotos "históricas" dos dois líderes dando as mãos e sorrindo, antes das agências de notícias. Então, foi a vez de Daniel Ortega. O presidente nicaraguense deu meia volta e veio se apresentar. Ouviu do americano um "mucho gusto".
Por fim, já no local da cerimônia, Obama cruzou a sala para se apresentar ao boliviano Evo Morales -o único a merecer o gesto do americano. Já do púlpito, a argentina Cristina Kirchner atacou o embargo a Cuba, mas frisou que o criticado não era Obama. (SD)


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