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TORTURA
Civil ligado à CIA é preso por matar detento afegão
DA REUTERS
Um homem que prestava serviços para a CIA (serviço secreto
dos EUA) no Afeganistão foi preso e indiciado ontem por espancar até a morte um prisioneiro em
2003, no primeiro caso do gênero
a envolver um civil desde que estourou o escândalo da tortura de
detentos por soldados americanos no exterior, em maio.
David Passaro, 38, é um ex-ranger (militar de elite) e trabalhava
para a CIA numa força paramilitar de apoio às operações no Afeganistão. Segundo o inquérito,
em junho de 2003 ele usou as
mãos, os pés e uma lanterna grande para espancar Abdul Wali durante um interrogatório em uma
base militar americana perto da
cidade da fronteira com o Paquistão. Wali havia se rendido.
"Os EUA não vão tolerar atos
criminosos de brutalidade como
os que estão descritos nesse processo", disse o secretário da Justiça dos EUA, John Ashcroft. "Os tipos de abuso detalhados vão contra os nossos valores e políticas.
Os responsáveis por atos criminosos serão investigados, processados e, se considerados culpados, punidos."
Se condenado, Passaro pode ser
sentenciado a até 40 anos de prisão e US$ 1 milhão em multas.
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