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DROGAS
Levantamento de agência da ONU vê avanços na Colômbia e no Peru
Plantio de coca cai 20% em 5 anos
DA REDAÇÃO
A ONU anunciou ontem que o
cultivo de coca caiu 20% entre
1998 e 2003 nos três principais
países produtores de cocaína
-Colômbia, Peru e Bolívia.
De acordo com relatório da
agência das Nações Unidas para
as drogas, em 2003 a área usada
para o plantio de coca nos três
países caiu para 153,8 mil hectares
-o menor número em 14 anos. A
produção de cocaína de 2003 pode chegar a 655 toneladas.
"A importância de um declínio
consistente no cultivo da coca na
região andina não pode ser superestimada. Para sustentar essa
tendência, precisamos convencer
os plantadores de coca, e não somente forçá-los, a abandonar a
atividade ilegal com o oferecimento de alternativas sustentáveis de subsistência", disse em
Viena Antonio Maria Costa, diretor do Escritório da ONU para
Drogas e Crimes.
Costa alertou que os países onde
há consumo da droga também
precisam se empenhar para garantir a queda do cultivo. "A produção é determinada pela demanda. O problema global da cocaína não vai ser resolvido sem
que os países consumidores reduzam o vício", afirmou.
John Walters, responsável pela
política de controle das drogas
nos EUA, disse que seu país está
reduzindo a demanda.
Segundo Walters, nos últimos
dois anos houve um declínio de
11% no consumo de cocaína entre
os jovens.
Christina Albertin, chefe da seção para a América Latina e o Caribe da agência da ONU, afirmou
que a queda no plantio aconteceu
em razão de iniciativas que visam
dar alternativas aos agricultores.
"Somente 5% das famílias de agricultores são dependentes de plantações ilegais nos três países andinos", disse Albertin.
A Colômbia, que em 2002 produziu estimados 75% de toda a
cocaína do mundo, teve no ano
passado uma área de cultivo de 86
mil hectares, uma redução de 16%
-o menor nível desde 1997.
No Peru, a queda foi de 13%, para 44,2 mil hectares. Na Bolívia, o
plantio de coca tomou 23,6 mil
hectares.
Como a agência não tem dados
de 2002 para a Bolívia, não pôde
fazer uma comparação precisa.
Acredita, no entanto, que houve
uma ligeira expansão.
Ao contrário do governo dos
EUA, cujos números são baseados apenas em fotos aéreas e imagens de satélite, as estatísticas da
ONU são produzidas também
com checagens locais e em colaboração com os países.
O governo dos EUA, que apóia
as ações de Bogotá contra o narcotráfico e os grupos armados colombianos, pediu que o Congresso aprove o aumento de ajuda ao
país sul-americano.
"O governo [do presidente Álvaro Uribe] é forte e efetivo e tem
grande apoio popular. Não vemos
com freqüência uma convergência de fatores que tornem possível
uma perturbação tão grande e
permanente para a indústria de
drogas ilícitas", disse John Walters ao Congresso dos EUA.
Com agências internacionais
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