DA REDAÇÃO

Para comemorar o Dia Mundial do Refugiado, na próxima terça, o Sesc Carmo preparou uma exposição que reúne fotos de São Paulo feitas pelos próprios refugiados.
As 50 imagens, produzidas sob orientação do fotógrafo Thales Trigo, invertem o olhar que se costuma ter sobre o refugiado: em vez de se postarem diante das lentes precisas de algum fotógrafo de renome para expressar em geral seu sofrimento, os deslocados tomam as câmeras para, quase sempre sem nenhum conhecimento técnico nem artístico, registrar o que da cidade lhe parecer mais interessante.
Feitas sem sofisticação, imagens que para os próprios paulistanos podem não ter graça -como o parque Ibirapuera, artistas populares do Centro ou engarrafamentos- refletem o olhar do estrangeiro que aqui aporta após ser forçado a sair de seu país para sobreviver.
"Eles mostram uma cidade bonita. Para eles, São Paulo é isso. É um olhar otimista, de certo modo", teoriza Denise Collus, assistente social do Sesc.
Outra exposição, de trabalhos feitos por refugiados atendidos pelo serviço de arteterapia da Cáritas, está sendo organizada no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, com trabalhos produzidos nos últimos dez anos. (AM)


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