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ANÁLISE
Medida é um gesto simbólico para acalmar pressão externa
DO "INDEPENDENT"
Nesta semana, Tony Blair,
o enviado do Quarteto ao
Oriente Médio, saiu de uma
reunião com Binyamin Netanyahu declarando que o
primeiro-ministro israelense
estava pronto a adotar um regime de bloqueio completamente novo na faixa de Gaza.
Os israelenses passariam a
permitir a entrada de todos
os bens civis exceto os especificamente proibidos, em lugar de, como agora, proibir
todos os bens exceto os especificamente autorizados.
Ontem, o gabinete israelense aprovou uma liberação
do bloqueio que fica muito
aquém do anunciado. A gama de bens permitidos será
expandida, mas o regime básico de controle permanece.
É claro que poucos negociadores além de Blair teriam
acreditado que o governo de
Israel realmente desmantelaria o bloqueio a Gaza, não importa que pressões os EUA ou
qualquer outro país exerçam.
Israel sente que o bloqueio
é essencial para sua segurança e que qualquer relaxamento substantivo servirá
apenas aos interesses do Hamas. A decisão de autorizar
maior volume e variedade de
assistência humanitária representa essencialmente um
gesto vazio para apaziguar
Washington e a opinião pública internacional, depois
do ataque israelense contra a
frota Gaza Livre.
O mesmo se aplica ao
anúncio do governo israelense no começo da semana
quanto à realização de uma
investigação interna sobre as
circunstâncias do ataque,
que não questionará a política vigente ou as justificativas
para a ação.
Depois desta semana, continua claro como nunca que
Israel simplesmente não mudará de rumo. Caso o mundo
deseje realmente ajudar a população de Gaza, cabe à ONU
enviar comboios navais de
assistência, ou ao Egito manter aberta de forma permanente sua fronteira terrestre
com o território.
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