São Paulo, terça-feira, 18 de julho de 2000


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ORIENTE MÉDIO
Impasses persistem
Clinton diz que cúpula é sua missão mais difícil

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente dos EUA, Bill Clinton, disse que as negociações entre israelenses e palestinos na reunião de cúpula de Camp David são as mais difíceis que ele já presenciou em sua carreira política.
"Nunca lidei com algo assim", afirmou Clinton, em entrevista ao "New York Daily News", dizendo se tratar de um diálogo muito mais duro que aqueles que enfrentou em outras oportunidades, como nas negociações na Irlanda do Norte ou na Bósnia.
Segundo Clinton, o premiê israelense, Ehud Barak, e o líder palestino Iasser Arafat estão pressionados pelo fato de que "se eles fizerem um acordo de paz, terão metade de seus eleitorados irritados com eles por um tempo".
Israelenses e palestinos mantiveram discussões acaloradas ontem, no sétimo dia da cúpula.
Joe Lockhart, porta-voz da Casa Branca, afirmou: "O ritmo das negociações está se intensificando. A idéia é concluir esse processo antes da partida do presidente Clinton na manhã de quarta".
Clinton deve viajar amanhã ao Japão para um encontro do G-8 (grupo que reúne os sete países mais ricos e a Rússia).
As delegações de Israel e da Autoridade Nacional Palestina tentam chegar a um acordo de paz definitivo. Para tanto, precisam superar diferenças em temas espinhosos como a delimitação de fronteiras, o estatuto de Jerusalém (reivindicada por ambos como sua capital) e o futuro dos refugiados palestinos.
Um negociador palestino teria dito que sua delegação ameaçou suspender as negociações na noite de domingo caso a delegação israelense não retirasse uma série de exigências. Israel teria reivindicado o controle sobre todas as fontes hídricas da região. Teria também solicitado submeter as importações e exportações palestinas às normas israelenses.
Um diplomata israelense teria dito que sua delegação teria proposto aos palestinos a devolução de 95% da Cisjordânia em troca da posse definitiva de Jerusalém.


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