São Paulo, segunda-feira, 18 de julho de 2011

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Mubarak está em coma, diz advogado

Fontes do governo egípcio negam o fato

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O advogado de Hosni Mubarak anunciou ontem que o ex-presidente do Egito tinha entrado em coma profundo. O fato foi negado por fontes do governo.
Segundo a agência estatal de notícias, um diretor do hospital onde Mubarak está internado desde abril, no balneário Sharm el-Sheikh, afirmou que o ex-presidente sofreu uma súbita queda de pressão, mas foi medicado e se recuperou rapidamente.
Outra fonte médica disse que o coma ocorreu, mas que as condições do paciente já tinham se tornado estáveis.
Não é a primeira vez que uma declaração do advogado de Mubarak, Farid el-Deeb, sobre a saúde de seu cliente é negada por fontes oficiais. Em junho, el-Deeb declarou que o ex-presidente estava com câncer, mas foi desmentido por um ministro do governo.
O estado de saúde de Mubarak é fonte de especulações na mídia, especialmente agora que se aproxima a data de seu julgamento, marcado para 3 de agosto.
Deposto em fevereiro, ele deve ser julgado pelo Tribunal Penal do Cairo por assassinato premeditado de manifestantes durante o levante contra o seu governo, iniciado em janeiro.

PROTESTOS
Desde o início do mês, manifestantes estão acampados na praça Tahrir, no Cairo, e realizam protestos em outras cidades egípcias.
Eles pedem mais rapidez no julgamento do ex-presidente e nas mudanças políticas esperadas da junta militar que assumiu o poder após a renúncia de Mubarak.
Ontem, o primeiro-ministro do Egito, Essam Sharaf, nomeou 12 novos membros do governo. Com a demissão dos ministros, Sharaf pretende mostrar trabalho e sinalizar que as mudanças exigidas pelos manifestantes estão chegando.
Entre os demitidos, o mais famoso é Zahi Hawas, que cuidava do acervo de antiguidades do país. Ele é acusado por estudantes e arqueólogos de corrupção e de ser muito ligado a Mubarak e ao ex-ministro da Cultura.
Sharaf também aceitou o pedido de demissão do Ministro das Finanças, Samir Radwan. O plano econômico proposto por Radwan foi considerado muito conservador pelos rebeldes.


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