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EUA retiram Brasil pela 1ª vez de lista de produtores de droga
Porém, país é citado como fonte de "séria preocupação" devido às amplas fronteiras
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
O Brasil ficou de fora pela
primeira vez da lista dos EUA
de principais países produtores e de trânsito de drogas no
mundo, cujo relatório para o
ano fiscal de 2011 foi divulgado nesta semana.
Ainda assim, o país é citado como fonte de "séria preocupação" devido à extensão
do território e das fronteiras.
O texto, uma certificação
presidencial enviada ao Departamento de Estado, aponta o país como chave, ao lado
da Venezuela, para o aumento do tráfico entre América
Latina e África Ocidental e
pede que ações antidrogas
sejam prioridade na agenda
de segurança nacional.
Ao mesmo tempo, Washington, que atua em programas de segurança e antidrogas com a Polícia Federal,
"reconhece a emergência do
Brasil como líder regional"
contra as drogas.
No formato atual, a determinação dos principais países produtores e de trânsito
de drogas tem 20 nomes e é
regida por lei de 2002.
Na lista para 2011 estão:
Afeganistão, Bahamas, Bolívia, Mianmar, Colômbia,
Costa Rica, República Dominicana, Equador, Guatemala, Haiti, Honduras, Índia, Jamaica, Laos, México, Nicarágua, Paquistão, Panamá, Peru e Venezuela.
DESAFETOS
A Casa Branca indicou que
seus desafetos políticos Bolívia e Venezuela, além de
Mianmar, "falharam em demonstrar" cumprimento de
suas obrigações.
Ainda assim, continuarão
a dar apoio "para programas
bilaterais na Bolívia e programas limitados na Venezuela"
que "são vitais para os interesses nacionais dos EUA".
Sem uma indicação específica como essa, os países teriam suspensa assistência financeira que não fosse humanitária ou antidrogas.
No caso da Bolívia, o crescimento da área de cultivo de
coca desacelerou. Houve aumento de 1% neste ano
-contra média de 6% anuais
desde 2006-, o que "pode
demonstrar mudança de tendência para redução".
Já o Peru, aliado dos EUA,
ultrapassou a Colômbia neste ano como maior produtor
mundial de folha de coca, segundo a ONU. O país não recebeu porém comentário específico no memorando.
México e Colômbia, outros
aliados, foram também alvo
de elogios pela pressão aplicada contra traficantes. Para
os EUA, esses esforços levaram a uma realocação do tráfico pela América Central,
provocando a entrada para a
lista de Costa Rica, Honduras
e Nicarágua.
O Afeganistão, maior produtor mundial de ópio e palco de uma guerra liderada
pelos EUA, teve "esforços reconhecidos", mas Washington pediu mais "vontade política" na luta antidrogas.
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