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Papa critica marginalização do cristianismo
DE LONDRES
Bento 16 fez ontem seu
discurso mais político desde que chegou ao Reino
Unido, na quinta-feira.
Disse que as religiões
estão sendo marginalizadas na vida pública e que o
fiel várias vezes precisa
ocultar a sua fé para não
ser discriminado pela sociedade.
"Não posso deixar de
ressaltar minha preocupação com o aumento da
marginalização da religião, principalmente o
cristianismo", afirmou.
Depois disse que há
muitos que advogam que a
religião deve ser silenciada e que há até quem defenda que celebrações como o Natal devem ser desencorajadas para não
ofender os que têm outra
religião ou nenhuma.
O discurso foi no Westminster Hall, local cheio
de simbolismo para católicos e fiéis da Igreja Anglicana. Foi lá que o rei Henrique 8º, que havia rompido com Roma por desavenças com o papa, condenou à morte Thomas
Morus, que se recusou a
também romper com o catolicismo e reconhecer o
rei como chefe da nova
igreja, a Anglicana.
Morus foi decapitado
em 1535; 400 anos depois,
se tornou santo católico.
Na plateia, estavam vários políticos, entre eles os
quatro últimos primeiros-ministros, Margaret Thatcher, John Major, Tony
Blair e Gordon Brown.
Antes, o papa teve encontro com o líder espiritual da Igreja Anglicana,
Rowan Williams. Os dois
falaram das dificuldades
de suposta reunião das
igrejas. Mas ressaltaram a
possibilidade da relação
amigável entre elas.
(VM)
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