São Paulo, sábado, 18 de setembro de 2010

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Papa critica marginalização do cristianismo

DE LONDRES

Bento 16 fez ontem seu discurso mais político desde que chegou ao Reino Unido, na quinta-feira.
Disse que as religiões estão sendo marginalizadas na vida pública e que o fiel várias vezes precisa ocultar a sua fé para não ser discriminado pela sociedade.
"Não posso deixar de ressaltar minha preocupação com o aumento da marginalização da religião, principalmente o cristianismo", afirmou.
Depois disse que há muitos que advogam que a religião deve ser silenciada e que há até quem defenda que celebrações como o Natal devem ser desencorajadas para não ofender os que têm outra religião ou nenhuma.
O discurso foi no Westminster Hall, local cheio de simbolismo para católicos e fiéis da Igreja Anglicana. Foi lá que o rei Henrique 8º, que havia rompido com Roma por desavenças com o papa, condenou à morte Thomas Morus, que se recusou a também romper com o catolicismo e reconhecer o rei como chefe da nova igreja, a Anglicana.
Morus foi decapitado em 1535; 400 anos depois, se tornou santo católico.
Na plateia, estavam vários políticos, entre eles os quatro últimos primeiros-ministros, Margaret Thatcher, John Major, Tony Blair e Gordon Brown.
Antes, o papa teve encontro com o líder espiritual da Igreja Anglicana, Rowan Williams. Os dois falaram das dificuldades de suposta reunião das igrejas. Mas ressaltaram a possibilidade da relação amigável entre elas. (VM)


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