São Paulo, segunda-feira, 19 de janeiro de 2004

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ORIENTE MÉDIO

Embaixador vandaliza obra de arte na Suécia

Sharon diz que pode alterar traçado de barreira por razões humanitárias

DA REDAÇÃO

O premiê israelense, Ariel Sharon, disse ontem que Israel talvez altere o traçado da barreira para separar o país da Cisjordânia devido aos efeitos negativos que ela causa entre os palestinos. A declaração foi dada em reunião com quatro integrantes de seu gabinete que estão preparando a defesa israelense na Corte Internacional de Justiça em Haia (Holanda) sobre a legalidade da barreira.
Segundo Sharon, a barreira obteve sucesso no seu principal objetivo -impedir a entrada de terroristas palestinos no território israelense. Porém o premiê afirmou que a barreira não é satisfatória "em termos humanitários".
Para Sharon, é preciso pensar na possibilidade de alterar o traçado por razões humanitárias. A ONU afirma que 680 mil palestinos são afetados pela barreira.
As autoridades palestinas afirmam que o objetivo de Israel com a barreira é incorporar partes da Cisjordânia -reivindicada pelos palestinos como território de um futuro Estado.

Obra polêmica
Sharon elogiou a atitude do embaixador Zvi Mazel, que vandalizou, na sexta-feira, uma obra de arte que, segundo o diplomata, glorificava uma suicida palestina que matou 22 israelenses em um atentado. Na obra, há um retrato da suicida sobre uma miniatura de um barco em uma piscina com um líquido avermelhado com a inscrição "Branca de Neve".
O embaixador foi expulso do museu e duramente criticado pelas autoridades suecas. Israelense de nascimento, Dror Feiler, autor da obra, é um crítico de Israel.


Com agências internacionais


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