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Crime estimula mercado de tecnologia
DE NOVA YORK
O crescimento dos casos
de sequestro na América Latina de executivos, americanos ou não, criou um mercado próprio que só cresce.
Primeiro, foi o boom de empresas especializadas em negociação com sequestradores, geralmente criadas por
ex-agentes federais do governo americano. Pelo menos cinco delas já contam
com escritórios no Brasil.
Agora, a nova onda são os
artefatos tecnológicos. O último deles foi anunciado no
final do ano passado nos
EUA pela Applied Digital
Solutions. A empresa de
Palm Beach (Flórida) afirmou que fechou acordo com
três países sul-americanos
para a comercialização de
dois de seus principais produtos.
Trata-se do VeriChip, um
chip pessoal que é implantado sob a pele da pessoa, e do
Digital Angel, uma espécie
de GPS individual que envia
a localização exata do portador a um satélite. O último é
sigla em inglês para Sistema
de Posicionamento Global e
vem sendo largamente usado em aviões, barcos e automóveis.
Já o chip tem o tamanho de
um grão de arroz e é implantando cirurgicamente, com
anestesia local, sob a pele do
portador. Não deixa marcas
e, acionado à distância, emite sinais que podem ser captados por uma frequência
especial de rádio. Já vem
sendo usado há alguns anos
com sucesso na localização
de animais domésticos perdidos pelos donos.
Em menos de dois meses,
os três países fizeram encomendas do Digital Angel no
valor de US$ 300 mil, segundo a empresa.
Embora a ADS não fale
quais são os lugares em que
está operando, não seria impossível pensar em Brasil,
Equador e Colômbia, os
campeões em sequestros
deste tipo na região segundo
o Departamento de Estado
dos EUA.
(SD)
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