São Paulo, sábado, 19 de março de 2011

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Ocidente criaria exclusão aérea com facilidade

RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO

Implementar uma Zona de Exclusão Aérea sobre a Líbia seria relativamente fácil para EUA, Reino Unido e França, com ajuda de contingentes aéreos de outros países da Otan e mesmo árabes, como Qatar e Emirados Árabes Unidos.
Há bases e aviões de sobra, e as forças líbias são pequenas e têm equipamento obsoleto.
Mas por qual custo? O CSBA (Centro para Avaliações Estratégicas e Orçamentárias, na sigla em inglês) estimou gasto semanal de US$ 100 milhões a US$ 300 milhões.
Mais difícil de prever é o resultado. Foi preciso uma invasão em 2003 para derrubar Saddam Hussein, apesar de duas zonas de exclusão ao norte e sul.
Na Líbia, nem seria preciso impor a zona em todo o país. A maior parte é deserta, e as principais cidades estão em uma estreita faixa litorânea. Nem seria necessário patrulhar tudo, graças a aviões-radar.
A base italiana em Sigonella é perfeita para a missão. Fica a 525 km de Trípoli e 750 km de Benghazi.
No "papel" a Líbia teria 400 aeronaves militares; na prática, os EUA estimam que apenas 80 estejam em operação.
A Líbia também tem bom número de baterias de mísseis e canhões antiaéreos. Mas é material russo em geral obsoleto. Alguns mísseis são "velhos conhecidos" dos aviadores dos EUA, do Vietnã.


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