São Paulo, sábado, 19 de abril de 2008

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Putin anula dívida da Líbia em troca de acordos energéticos multibilionários

DA REDAÇÃO

Antes de discutir o fortalecimento da cooperação energética e diplomática com a Itália, o presidente russo, Vladimir Putin, fechou acordos comerciais com a Líbia que incluem a anulação gradual da dívida de Trípoli com Moscou.
Os dois países concordaram em anular a dívida líbia de US$ 4,5 bilhões em troca de um acordo multibilionário entre empresas dos dois países.
A dívida foi contraída com a ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e teve à época, segundo o Kremlin, objetivos "puramente militares". Antes de substituí-la por acordos comerciais, a Rússia e a Líbia tiveram de aparar discordâncias quanto ao montante, que segundo Trípoli era de "apenas" US$ 1,6 bilhão.
A estatal russa Gazprom informou na última quinta-feira que cooperará com a petrolífera do governo da Líbia em áreas de extração de gás e petróleo, refinarias, gás natural liquefeito e usinas de energia.
Em Moscou, agências de notícias locais afirmaram que outros tratados incluem um contrato de US$ 3,4 bilhões para construir uma ferrovia de 500 km na Líbia.
Ainda ontem, o governo russo se esforçou para minimizar tensões com a ex-república soviética da Geórgia surgidas após a tentativa do Kremlin, nesta semana, de estabelecer laços oficiais com duas regiões separatistas do país vizinho.
De acordo com o jornal britânico "Financial Times", Putin ordenou que sejam suspensas restrições postais e de vistos impostas há 18 meses à Geórgia. Também devem ser iniciadas negociações para permitir a volta de produtos banidos, como vinho, ao mercado russo.
A Geórgia classificou as tentativas de estabelecer laços oficiais como ensaios para uma "anexação". Em defesa, a Rússia afirmou que sua intenção foi a de proteger cidadãos russos na Abkházia e na Ossétia do Sul, Províncias que lutaram fracassadas guerras de independência nos anos 1990 e são governadas por separatistas.


Com agências internacionais


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