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Putin anula dívida da Líbia em troca de acordos energéticos multibilionários
DA REDAÇÃO
Antes de discutir o fortalecimento da cooperação energética e diplomática com a Itália, o
presidente russo, Vladimir Putin, fechou acordos comerciais
com a Líbia que incluem a anulação gradual da dívida de Trípoli com Moscou.
Os dois países concordaram
em anular a dívida líbia de US$
4,5 bilhões em troca de um
acordo multibilionário entre
empresas dos dois países.
A dívida foi contraída com a
ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e teve à
época, segundo o Kremlin, objetivos "puramente militares".
Antes de substituí-la por acordos comerciais, a Rússia e a Líbia tiveram de aparar discordâncias quanto ao montante,
que segundo Trípoli era de
"apenas" US$ 1,6 bilhão.
A estatal russa Gazprom informou na última quinta-feira
que cooperará com a petrolífera do governo da Líbia em áreas
de extração de gás e petróleo,
refinarias, gás natural liquefeito e usinas de energia.
Em Moscou, agências de notícias locais afirmaram que outros tratados incluem um contrato de US$ 3,4 bilhões para
construir uma ferrovia de 500
km na Líbia.
Ainda ontem, o governo russo se esforçou para minimizar
tensões com a ex-república soviética da Geórgia surgidas
após a tentativa do Kremlin,
nesta semana, de estabelecer
laços oficiais com duas regiões
separatistas do país vizinho.
De acordo com o jornal britânico "Financial Times", Putin
ordenou que sejam suspensas
restrições postais e de vistos
impostas há 18 meses à Geórgia. Também devem ser iniciadas negociações para permitir a
volta de produtos banidos, como vinho, ao mercado russo.
A Geórgia classificou as tentativas de estabelecer laços oficiais como ensaios para uma
"anexação". Em defesa, a Rússia afirmou que sua intenção foi
a de proteger cidadãos russos
na Abkházia e na Ossétia do
Sul, Províncias que lutaram
fracassadas guerras de independência nos anos 1990 e são
governadas por separatistas.
Com agências internacionais
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