|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Irã condena jornalista dos EUA acusada de ser espiã
DA REDAÇÃO
Uma jornalista americana-iraniana foi condenada a oito
anos de prisão no Irã, ontem,
cinco dias depois do início do
julgamento, acusada de ser
uma espiã de Washington.
Roxana Saberi era freelancer
e já tinha trabalhado para a
BBC e para a Rádio Pública Nacional, dos EUA. Seu advogado
vai recorrer da decisão.
O pai de Roxana disse que ela
havia sido coagida a confessar e
que depois ela retirou a declaração. "Ela foi enganada. Ela está muito deprimida e quer começar uma greve de fome", disse Reza Saberi.
Roxana, 31, tem dupla cidadania -americana e iraniana-
e foi criada em Dakota do Norte, nos EUA. Ela estudou jornalismo e relações internacionais,
e trabalhava há seis anos no Irã.
Os relatos sobre sua prisão e
processo são confusos. Presa
em janeiro, ela foi inicialmente
acusada de comprar uma garrafa de vinho, já que o consumo
de álcool é proibido no país.
Mais tarde, a Chancelaria iraniana afirmou que a jornalista
trabalhava de forma ilegal no
país, pois suas credenciais de
imprensa teriam expirado.
Finalmente, já neste mês,
pouco antes de se iniciar o julgamento -a portas fechadas-,
a Justiça iraniana afirmou, sem
dar maiores explicações, que
Roxana trabalhava como "espiã" para os Estados Unidos.
O governo do presidente Barack Obama, que tenta uma
reaproximação diplomática
com Teerã, se declarou "decepcionado" com a decisão.
A organização Repórteres
Sem Fronteiras, por sua vez, interpretou a condenação, pronunciada poucos meses antes
das eleições presidenciais no
país, como "uma advertência
aos jornalistas estrangeiros que
trabalham no Irã".
Com agências internacionais
Texto Anterior: Havana vive otimismo cauteloso Próximo Texto: Costa da Somália: Holandeses libertam 20 reféns de piratas Índice
|