DA REDAÇÃO

Grupos palestinos armados trocaram ontem fogo com forças leais ao presidente Iasser Arafat na faixa de Gaza, numa clara indicação de que é crescente o desafio à autoridade do líder palestino.
Dezenas de homens armados, a maioria de máscara, trocaram disparos com facções leais ao recém-nomeado chefe da segurança em Gaza, Moussa Arafat, primo do dirigente máximo palestino. A nomeação de Moussa Arafat se seguiu a uma série de seqüestros de personalidades ocorrida na sexta-feira.
Pelos menos 12 palestinos ficaram feridos, um deles criticamente, nos combates entre militantes e policiais encurralados num complexo na cidade de Rafah, no sul da faixa.
A violência intensifica a pressão sobre Arafat para que tome medidas efetivas de combate à corrupção. A suposta tolerância de Arafat para com a corrupção deflagrou a crise, agravada pela renúncia do premiê palestino, Ahmed Korei, que Arafat não aceitou.
Gaza vive a mais intensa conflagração entre palestinos desde que Arafat e sua Autoridade Nacional Palestina (ANP) assumiram o controle sobre a maior parte da região em 1994, no âmbito dos acordos provisórios de paz assinados com Israel.
Numa demonstração de força, milhares de homens armados marcharam através de Gaza no sábado à noite e exigiram que Arafat demita Moussa Arafat, um membro da velha-guarda tido como especialmente corrupto.
Arafat disse a Korei que rejeitava "fortemente" seu pedido de renúncia. Arafat deve tentar convencer o premiê a mudar de idéia na reunião de gabinete de hoje.

Israel
Em Jerusalém, representantes do Likud (partido do governo) e da oposição trabalhista fizeram ontem sua primeira reunião com vistas a formar um governo de união nacional. As conversações ainda podem se estender por semanas.


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