São Paulo, segunda-feira, 19 de agosto de 2002

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ORIENTE MÉDIO

Tropas israelenses deixarão a faixa de Gaza e Belém (Cisjordânia)

Israel e palestinos fecham acordo

DA REDAÇÃO

Autoridades israelenses e palestinas concordaram ontem em começar a implementar um plano para atenuar o controle militar de Israel sobre a faixa de Gaza e a Cisjordânia, de acordo com o Ministério da Defesa israelense.
Em comunicado oficial, o ministério disse que o acordo tinha sido firmado durante uma reunião entre o ministro da Defesa israelense, Binyamin Ben Eliezer, e uma delegação palestina chefiada pelo ministro do Interior da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Abdal Razzak al Yahya, e por Mohammed Dahlan, assessor direto do líder Iasser Arafat.
"Ambos os lados concordaram em começar a implementar o plano amanhã [hoje] em Gaza e em Belém [Cisjordânia]", disse o comunicado do Ministério da Defesa israelense, acrescentando que os palestinos "ficariam responsáveis por acalmar a situação e por reduzir a violência e o terror".
As tropas israelenses deverão deixar essas áreas, mas deverão ficar estacionadas em seus arredores. A segurança interna deverá ficar a cargo dos palestinos. "Israel fará o que for possível para melhorar as condições em que vivem os palestinos, especialmente os civis", disse o comunicado.
Se for implementado, o acordo -firmado em Tel Aviv- poderá abrir caminho para um cessar-fogo. Este poria fim a mais de 22 meses de violência. Nesse período, mais de 2.000 pessoas morreram em decorrência dos conflitos entre israelenses e palestinos.

Acusação
Um ex-tesoureiro da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que fugiu para Londres na última semana, acusou Arafat de transferir milhões de dólares de ajuda financeira internacional para uma conta pessoal, segundo entrevistas publicadas ontem em jornais israelenses.
Jawad Ghussein, 71, disse que Arafat desviava US$ 8 milhões por mês para sua conta pessoal. Autoridades palestinas refutaram a acusação e disseram que Ghussein era "um ladrão", que tinha roubado US$ 6,5 milhões da OLP.


Com agências internacionais

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