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ORIENTE MÉDIO
Tropas israelenses deixarão a faixa de Gaza e Belém (Cisjordânia)
Israel e palestinos fecham acordo
DA REDAÇÃO
Autoridades israelenses e palestinas concordaram ontem em começar a implementar um plano
para atenuar o controle militar de
Israel sobre a faixa de Gaza e a Cisjordânia, de acordo com o Ministério da Defesa israelense.
Em comunicado oficial, o ministério disse que o acordo tinha
sido firmado durante uma reunião entre o ministro da Defesa israelense, Binyamin Ben Eliezer, e
uma delegação palestina chefiada
pelo ministro do Interior da Autoridade Nacional Palestina
(ANP), Abdal Razzak al Yahya, e
por Mohammed Dahlan, assessor
direto do líder Iasser Arafat.
"Ambos os lados concordaram
em começar a implementar o plano amanhã [hoje] em Gaza e em
Belém [Cisjordânia]", disse o comunicado do Ministério da Defesa israelense, acrescentando que
os palestinos "ficariam responsáveis por acalmar a situação e por
reduzir a violência e o terror".
As tropas israelenses deverão
deixar essas áreas, mas deverão ficar estacionadas em seus arredores. A segurança interna deverá ficar a cargo dos palestinos. "Israel
fará o que for possível para melhorar as condições em que vivem
os palestinos, especialmente os civis", disse o comunicado.
Se for implementado, o acordo
-firmado em Tel Aviv- poderá
abrir caminho para um cessar-fogo. Este poria fim a mais de 22
meses de violência. Nesse período, mais de 2.000 pessoas morreram em decorrência dos conflitos
entre israelenses e palestinos.
Acusação
Um ex-tesoureiro da Organização para a Libertação da Palestina
(OLP), que fugiu para Londres na
última semana, acusou Arafat de
transferir milhões de dólares de
ajuda financeira internacional para uma conta pessoal, segundo
entrevistas publicadas ontem em
jornais israelenses.
Jawad Ghussein, 71, disse que
Arafat desviava US$ 8 milhões
por mês para sua conta pessoal.
Autoridades palestinas refutaram
a acusação e disseram que Ghussein era "um ladrão", que tinha
roubado US$ 6,5 milhões da OLP.
Com agências internacionais
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