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Cooperação se mantém, diz Washington
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
Reagindo com cautela à
suspensão do acordo militar com a Colômbia, o governo dos EUA disse ontem esperar sinais de Bogotá sobre os próximos
passos e insistiu que "a
cooperação se mantém"
com base nos acordos já
existentes.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos
EUA afirmou à Folha que
o governo americano vai
"aguardar uma posição do
governo Santos".
Ele não quis comentar a
conclusão da corte de que
o texto não é apenas extensão de acordos já existentes, com os governos
americano e colombiano
sempre argumentaram.
O porta-voz negou ainda que as ações na Colômbia criariam a necessidade
de tramitar o acordo também no Congresso americano. "Esse foi um acordo
do Executivo que não precisou de ratificação do
Congresso dos EUA. Para o
lado colombiano, a corte
determinou que isso será
necessário. Mas, do nosso
lado, não."
Por fim, indicou que
não serão os EUA a congelar a cooperação negociada com base no acordo, como os US$ 46 milhões para
investimentos na base de
Palanquero -citada como
importante para interesses
regionais. Sobre a verba,
disse que "nossa cooperação já está coberta em
acordos preexistentes".
O Pentágono disse, em
relação a Palanquero, que
"uma das preocupações
do governo americano é a
segurança operacional".
Para Michael Shifter,
presidente do "think tank"
Diálogo Interamericano,
os EUA não estão muito
preocupados. "A Colômbia ou vai enviar para tramitação ou mudar a natureza do acordo para que
não precise passar pelo
Congresso local. Mas essa
é uma decisão deles."
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