São Paulo, quinta-feira, 19 de agosto de 2010

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Cooperação se mantém, diz Washington

ANDREA MURTA
DE WASHINGTON

Reagindo com cautela à suspensão do acordo militar com a Colômbia, o governo dos EUA disse ontem esperar sinais de Bogotá sobre os próximos passos e insistiu que "a cooperação se mantém" com base nos acordos já existentes.
Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA afirmou à Folha que o governo americano vai "aguardar uma posição do governo Santos".
Ele não quis comentar a conclusão da corte de que o texto não é apenas extensão de acordos já existentes, com os governos americano e colombiano sempre argumentaram.
O porta-voz negou ainda que as ações na Colômbia criariam a necessidade de tramitar o acordo também no Congresso americano. "Esse foi um acordo do Executivo que não precisou de ratificação do Congresso dos EUA. Para o lado colombiano, a corte determinou que isso será necessário. Mas, do nosso lado, não."
Por fim, indicou que não serão os EUA a congelar a cooperação negociada com base no acordo, como os US$ 46 milhões para investimentos na base de Palanquero -citada como importante para interesses regionais. Sobre a verba, disse que "nossa cooperação já está coberta em acordos preexistentes".
O Pentágono disse, em relação a Palanquero, que "uma das preocupações do governo americano é a segurança operacional".
Para Michael Shifter, presidente do "think tank" Diálogo Interamericano, os EUA não estão muito preocupados. "A Colômbia ou vai enviar para tramitação ou mudar a natureza do acordo para que não precise passar pelo Congresso local. Mas essa é uma decisão deles."


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