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POLÊMICA NUCLEAR
Irã critica ameaça militar, e aiatolá rejeita negociar com americanos
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS - Teerã recorreu à ONU ontem para
condenar o mais alto comandante militar dos EUA, que em
1º de agosto disse que seu país
tem um plano de ataque ao Irã
para evitar que o país persa obtenha armas nucleares.
O chefe do Estado-Maior
Conjunto das Forças Armadas
americanas, almirante Mike
Mullen, dissera que a opção
militar existe, apesar de a diplomacia ser prioridade.
O embaixador iraniano em
exercício na ONU, Eshagh Alehabib, circulou cartas ao secretário-geral do organismo, a
presidentes do Conselho de
Segurança e à Assembleia Geral dizendo que Mullen
"ameaçou" o Irã sob pretextos
"totalmente falsos" e que a
ação vai contra "esforços globais para reforçar a paz internacional". Teerã alega que seu
programa nuclear tem fins pacíficos.
O líder supremo iraniano,
aiatolá Ali Khamenei, advertiu
ontem que a resposta do país a
um eventual ataque será
"muito mais ampla" do que
uma retaliação regional.
Afirmou ainda que não quer
negociar com Washington no
atual clima. "O presidente
[Mahmoud Ahmadinejad] e
outros se disseram dispostos a
negociar. É verdade, mas não
com os EUA", disse Khamenei
na TV estatal. "[Os EUA] devem deixar de ameaçar, anular as sanções e não fixar um
objetivo para negociações. Então, estaremos prontos."
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