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REAÇÃO
Primeira-dama diz amar o marido, mas, ao contrário do que costuma fazer, não aparece de mãos dadas com ele
Hillary se diz comprometida com casamento
de Washington
A primeira-dama dos
EUA, Hillary
Clinton, diz estar "comprometida" com o
seu casamento e
"amar o marido com compaixão e de forma definitiva", de acordo com declaração feita ontem por sua porta-voz,
Marsha Berry.
Ao responder a perguntas de jornalistas, Berry disse que Hillary
perdoou o marido após ter tomado conhecimento, durante o
fim-de-semana, dos detalhes da
relação entre ele e a ex-estagiária
da Casa Branca, Monica Lewinsky.
Durante todo o tempo em que
Hillary e Bill Clinton estiveram
sob olhos do público ontem, no
entanto, eles quase não se falaram
ou tocaram. Em geral, os dois aparecem de mãos dadas ou abraçados sempre que estão diante de câmeras.
No embarque para a ilha de Martha's Vineyard, no Estado de Massachusetts (Costa Leste dos EUA),
onde vai passar 12 dias em férias, o
presidente tinha numa das mãos a
coleira do cão Buddy. Na outra,
segurava a mão da filha, Chelsea.
No desembarque, Clinton se manteve à frente de Hillary.
A primeira-dama participou
com destaque das reuniões em que
se decidiu o tom do discurso que o
presidente faria ao país anteontem. Foi dela, por exemplo, a decisão de atacar o promotor independente Kenneth Starr ao seu final.
Também foi sua a tese de ele testemunhar ao vivo, não em vídeo.
Assessores de Clinton discordavam das estocadas contra Starr.
Ontem, argumentavam que foram
elas, por exemplo, que provocaram a ira de Orrin Hatch, presidente da Comissão de Justiça do
Senado e amigo de Starr, que vinha acenando há semanas com a
possibilidade de um perdão a
Clinton após uma confissão.
Hillary Clinton, 50, tem sido
constante na defesa pública do
marido em todos os casos de infidelidade reconhecidas ou não por
ele. Em 1992, no episódio Geniffer
Flowers, ela salvou sua campanha
presidencial ao aparecer ao seu lado num programa de entrevistas.
Em janeiro deste ano, quando o
caso Lewinsky estourou, ela assumiu a liderança da resistência política na Casa Branca, inicialmente
desorientada. Foi sua a noção de
atribuir o caso a uma "conspiração da extrema direita".
A porta-voz de Hillary se recusou a comentar as reações da filha
do casal, Chelsea, quando jornalistas lhe perguntaram se ela também havia perdoado o presidente.
Mas Chelsea Clinton, 18, parecia
mais à vontade que os pais em
Martha's Vineyard, ao conversar
com as pessoas que aguardavam o
desembarque da primeira família.
Monica Lewinsky, 25, não comentou o discurso de Clinton.
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