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GRANDE JUBILEU
Papa lidera campanha ecumênica
da Redação
A Igreja Católica, sob orientação do papa João Paulo 2º, promove uma campanha de reconciliação com outras denominações
cristãs na iminência do Grande
Jubileu do ano 2000.
O ecumenismo, movimento
que busca a unidade cristã, surgiu
nas igrejas protestantes. Atualmente, católicos procuram aproximar-se de outros cristãos.
O papa realizou, no último mês
de maio, a primeira visita de um
chefe da Igreja Católica a um país
de maioria ortodoxa: a Romênia
(87% da população é ortodoxa).
A Igreja Ortodoxa, assim como
a Igreja Protestante, não reconhece a primazia do papa. João Paulo
2º declarou diversas vezes que a
igreja "deve aprender a respirar
novamente com seus dois pulmões: o oriental e o ocidental".
"O Sumo Pontífice tenta acabar
com as diferenças entre a Igreja
Católica e a Igreja Ortodoxa. Ele
pode ir à Rússia", disse à Folha o
padre romeno Michael Kirila, 75.
A Santa Sé espera que a viagem
histórica abra caminho para um
encontro entre o papa e o patriarca russo, Alexis 2º, em Moscou.
Em países de maioria ortodoxa
como Rússia e Ucrânia, os católicos reivindicam a devolução de
igrejas e outras propriedades confiscadas por comunistas e muitas
vezes entregues a ortodoxos. Já
Moscou acusa o Vaticano de praticar proselitismo num espaço
"naturalmente ortodoxo".
Outro exemplo da iniciativa reconciliatória é a Campanha da
Fraternidade do ano 2000, que
tem caráter ecumênico (pela primeira vez em seus 37 anos de existência). Com o lema "Um milênio
sem exclusão", ela está sendo preparada em conjunto pela Igreja
Católica e por algumas igrejas
protestantes, como a Metodista, a
Presbiteriana e a Luterana.
No Brasil, dois grupos luteranos
se destacam: A Igreja Evangélica
de Confissão Luterana no Brasil
(IECLB) e a Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB).
A IECLB se caracteriza por sua
posição ecumênica.
O papa também incentiva o diálogo com outras religiões, como o
judaísmo e o islamismo.
(PAULO DANIEL FARAH)
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